O HSBC se prepara para ganhar mercado no segmento de pequenas empresas. A percepção do banco é de que o ambiente econômico já apresenta melhora e o segundo semestre terá uma recuperação mais efetiva, afirma Daniel Zabloski, diretor de pequenas e médias empresas da instituição.

"Vemos uma retomada efetiva e estamos aumentando e flexibilizando nossas linhas de crédito", afirma Zabloski. Segundo ele, o bancos já melhorou as condições e prepara o relançamento da linha para pagamento do décimo-terceiro salário, uma das mais demandas pelas empresas nesse nicho. "Temos de dar demonstrações de que acreditamos na melhora. Ainda estamos cautelosos e cuidados, mas não retraídos."

Essa visão ficou reforçada por uma pesquisa mundial feita pelo banco em 14 países emergentes que mostra que a confiança do empresário brasileiro já apresenta melhora e está entre as mais altas do levantamento. "Estamos alinhados com essa pesquisa. Já percebemos essa melhora pelo nível de negócios e nas visitas que fazemos às diversas agências do banco pelo país. ", disse Zabloski.

O Brasil foi incluído pela primeira vez nesse levantamento, que está na sexta edição e que é feito semestralmente pelo HSBC. O país ficou em terceiro lugar no índice de confiança, que revela o otimismo do empresariado em relação ao mercado local para os próximos meses. Na dianteira aparecem Vietnã e Índia.

Uma das conclusões do estudo é que países que apresentam um mercado interno mais forte têm uma maior confiança na retomada da economia, afirma José Henrique Camargo, superintendente do HSBC. Foram ouvidos 3.400 empresas, sendo 300 no Brasil, entre abril e maio deste ano.

No HSBC, a área de pequenas empresas é dividido em três níveis. O chamado Empreendedor atende clientes com faturamento de até R$ 750 mil ao ano. No Varejo, os limites vão até R$ 2,4 milhões anuais. No topo, aparecem as companhias do Upper, com receitas de até R$ 20 milhões. O banco vem expandindo as plataformas exclusivas de atendimento para os segmentos Empreendedor e Upper e as inaugurações continuaram mesmo durante a crise. "Os gerentes especializados entendem melhor cada cluster e oferecem as linhas de acordo com as necessidades das empresas", completa Camargo.

Fonte: Valor Econômico