IPCA ficou em 0,36%, resultado inferior ao 0,47% de maio –  (Rio de Janeiro) O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado pelo governo para fixar as metas de inflação, ficou em 0,36% em junho. O resultado é inferior ao registrado no mês de maio, quando a taxa havia sido de 0,47%. Com o resultado de junho, o IPCA fechou o primeiro semestre do ano com alta de 2,57%. A taxa é menor do que a observada no mesmo período do ano passado (3,64%).

Os dados divulgados na quarta 8 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam também que nos 12 meses encerrados em junho a taxa acumulada é de 4,80%, também inferior aos 5,20% referentes aos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho do ano passado, o índice havia ficado em 0,74%.

O IPCA considera os gastos de famílias com rendimento mensal de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas de Porto Alegre, Belém, Curitiba, do Rio de Janeiro, de São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife e Salvador, além de Brasília e do município de Goiânia. Para o cálculo, os preços foram coletados entre 30 de maio de 29 de junho e comparados com os preços de 29 de abril a 29 de maio.

Alimentos – De acordo com o levantamento do IBGE, a alta menos intensa em junho foi influenciada pelos preços dos produtos não alimentícios, cuja taxa passou de 0,48% em maio para 0,26% em junho.

De um mês para o outro houve decréscimo nas taxas dos grupos habitação (de 0,72% para 0,27%), em função da menor incidência de reajustes na taxa de água e esgoto (de 1,34% para 0,09%), aluguel residencial (de 0,78% para 0,52%) e energia elétrica (de 0,82% para -0,48%); saúde e cuidados pessoais (de 0,68% para 0,49%) com a contribuição dos remédios, que passaram de 1,33% para 0,37%; despesas pessoais, que caiu de 1,57%, em maio, para 0,49% em junho, influenciado pela queda nos preços dos cigarros (de 9,21% para – 0,28%) e empregado doméstico (de 1,35% para 0,80%); e vestuário, que, em período de liquidação, teve sua taxa reduzida de 1,16% para 0,53% no período.

No caso dos produtos alimentícios, os preços subiram 0,70% depois de elevação 0,44% em maio. As principais pressões partiram de leite pasteurizado (de 9,77% para 12,10%) e seus derivados, que também ficaram mais caros para o consumidor como queijos (1,72%), creme de leite (3,57%) e leite em pó (1,48%).

Regiões – Entre as regiões, Curitiba foi a que apresentou a taxa mais elevada no mês (0,83%), influenciada principalmente pela alta nas taxas dos alimentos (1,01%), da gasolina (4,35%) e do álcool (7,47%). Por outro lado, a menor taxa foi observada em Belo Horizonte (0,06%).

INPC – O IBGE divulgou também na quarta 8 o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A taxa ficou em 0,42% em junho, abaixo do registrado um mês antes (0,60%) e ainda da taxa relativa a junho de 2008, de 0,91%.

O cálculo do INPC é feito com base no consumo das famílias com renda mensal de um a seis salários mínimos e residentes nas seguintes regiões metropolitanas: Recife, Curitiba, Belém, Porto Alegre, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza, Brasília e Goiânia.

O índice fechou o primeiro semestre do ano em 2,75%, abaixo dos 4,26% verificados entre janeiro e junho de 2008. Nos últimos 12 meses encerrados em junho, o INPC acumulou taxa de 4,94%, também inferior ao resultado dos 12 meses imediatamente anteriores (5,45%).

A análise regional revela que Fortaleza apresentou o índice mais elevado no mês (0,99%), enquanto Brasília e Belém (ambos com 0,12%) registraram os menores resultados.

Fonte: Agência Brasil