“Começou mal. O período de inscrições é muito curto, ainda mais por ele ter sido iniciado de uma hora para outra. Também não atende à reivindicação para que haja paridade entre banco e trabalhadores e a participação do Sindicato nas reuniões para discutir o assédio moral que vem adoecendo os funcionários”, diz Cláudio Luis de Souza, diretor do Sindicato.
O Comitê de Ética foi negociado entre trabalhadores e a direção do Banco do Brasil em 2009, sendo implantado somente em julho deste ano. As inscrições para a eleição de representantes vão até quinta-feira 12. Devem ser formadas duplas de candidatos, sendo um titular e um suplente, que terão mandato de dois anos a partir de setembro. Os representantes eleitos devem ter pelo menos 10 anos de BB e terão garantia de emprego, salvo por demissão por justa causa.
Falho – Apesar de ser considerado um avanço, por instalar uma instância com participação dos trabalhadores para discutir o assédio moral, o modelo não é o ideal. Para cada funcionário eleito, o comitê contará com quatro representantes do banco. Além disso, os casos terão de passar pela Ouvidoria Interna, canal criado pelo banco para denúncias. O Sindicato orienta o funcionário assediado a entrar em contato também com a entidade dos trabalhadores para que o processo seja acompanhado.