Entre 2008 e 2009, o número de transações via internet aumentou 15,6%. Na mesma base de comparação, o movimento nos caixas eletrônicos avançou 2,7%. Entre os demais canais de atendimento, as agências estão em terceiro no ranking do BC, com 23,8% do movimento registrado em 2009 ou 6,5 bilhões de operações. Em seguida, a parecem os correspondentes bancários (9,5%), atendimento telefônico (5,9%) e operações eletrônicas por telefonia celular e aparelhos do tipo PDA (0,4%).
Tendência
Segundo o consultor do Ciab Febraban (Congresso e Exposição de Tecnologia da Informação das Instituições Financeiras), Luis Marques de Azevedo, a internet como ferramenta de atendimento bancário é uma tendência que vai se expandir ainda mais. Comodidade e facilidade do usuário em acessar informações estão entre os motivos para que o processo cresça nos próximos anos.
"Dois motivos levaram o usuário a optar cada vez mais pela internet na hora de resolver algum problema bancário: a explosão de compra dos computadores por parte da população na última década, que teve mais facilidade em financiamentos, preço mais acessível e velocidade de navegação mais rápida, além do fato da geração que hoje está na faixa dos 20 e 30 anos terem praticamente nascido navegando na internet. Hoje é inconcebível para eles pegarem uma fila num banco", explica o especialista.
A qualidade dos sites mantidos pelos bancos que, em média, disponibilizam de 250 a 300 transações possíveis, é um dos atrativos apontados pelo consultor. Qualitativamente, os sites dos bancos brasileiros estão entre os melhores do mundo, com ampla variedade de ferramentas para resolução de problemas".
Cliente perdeu o medo de usar a internet, diz consultor
A segurança dos sites, que antes era vista como duvidosa pela maioria dos clientes de bancos, agora não é mais tão ‘temida’ quanto antes. Segundo o consultor Luis Marques de Azevedo, os usuários passaram a ficar mais atentos às ações de hackers.
"Os bancos se esforçaram para ampliar a garantia de segurança dos sites com a criação de multi-senhas, tokens e certificações digitais para pessoas jurídicas. Dessa forma, o pessoal deixou o receio um pouco de lado", garante.
Apesar do aumento na segurança, o especialista destaca que estas ações não são suficientes para evitar golpes na internet. "O principal problema é quanto a ingenuidade dos usuários. Todos os dias somos bombardeados por e-mails que podem instalar programas espiões e roubas senhas assim que você acessa o site do banco. Portanto, a dica é se informar e não abrir nenhuma mensagem duvidosa", ensina.
Dicas para navegação segura
No site da SaferNet Brasil – uma associação civil de direito privado, com atuação nacional, sem fins lucrativos – o usuário da internet encontra diversas dicas de segurança na web. No caso dos cibercrimes (práticas criminosas utilizando meios eletrônicos), as principais sugestões para tornar a navegação mais segura são:
– Divulgue o mínimo de informações pessoais na Internet, seja discreto;
– Troque senhas com frequência e evite utilizar senhas fáceis como datas;
– No trabalho ou na lan house, não diga sua senha para ninguém nem deixe seu computador conectado ao se afastar da mesa;
– Não grave arquivos confidenciais ou dados pessoais em lan houses.
– Use pen drive ou CD e apague da área de trabalho os arquivos que abriu;
– Percebendo alguma irregularidade em seu extrato bancário ou cartão de crédito, comunique ao seu banco ou operadora;
– Sempre desconfie de ofertas mirabolantes.
Mais informações no site www.safernet.org.br
Fonte: RD Repórter Diário Online