Os dados também mostram que os clientes deixaram de utilizar a internet apenas para consultas e passaram a realizar mais transações financeiras.
Em 2002, 60% das operações se referiam à verificação de saldos e extratos, e apenas 8% tratavam de pagamentos e transferências. Em 2009, as consultas responderam por 40%, seguidas por pagamentos e transferências (17,5%).
Quando se considera apenas pagamentos e transferências, a liderança fica com os correspondentes bancários (lotéricas, por exemplo), com 36% do movimento.
O maior crescimento, no entanto, está na internet (70% em três anos), que ultrapassou as agências como segundo principal veículo, com 27% dessas operações.
Os canais eletrônicos (internet, caixas e celulares) representam dois terços do volume de transações sem atendimento presencial.
Apenas um quarto do atendimento é feito nos próprios bancos. Correspondentes bancários respondem pelos 9% restantes.
Apesar da procura maior por esses instrumentos, o Banco Central ainda vê uma baixa eficiência na infraestrutura bancária no país.
O Brasil tem um número elevado de caixas eletrônicos por habitante, próximo de países como Alemanha, Itália e França, mas a quantidade de transações fica 50% abaixo da média dos países desenvolvidos.
Para a instituição, a falta de compartilhamento de terminais entre bancos leva a essa baixa eficiência, problema que também se estende ao processamento de cartões de crédito e débito.
Nesse último caso, o governo espera que o fim da exclusividade entre Redecard/ Mastercard e Cielo/Visa ajude a mudar esses números.
PAPEL MOEDA
Enquanto o uso de cheques segue em queda, cresce a utilização não só de cartões, mas também de papel moeda. O saldo médio das transações financeiras em espécie cresceu 13% em relação a 2008 e chegou a R$ 460 por pessoa.
Segundo o BC, esse movimento se concentra em operações de pequeno valor e se deve, entre outros fatores, ao crescimento de beneficiários de programas sociais que sacam todo o valor e não utilizam outros instrumentos.
Em 2009, a quantidade de cheques emitidos caiu 8,2%. O valor médio, no entanto, cresceu 6%, para R$ 884.
Em 2002, o cheque respondia por metade das transações bancárias, percentual que caiu para 14% em 2009.
Fonte: Folha de São Paulo