Embora tenha ressaltado que o governo Lula tenha adotado ações para coibir a apreciação do câmbio com gradualismo em demasia, Pochmann destacou que a administração de Dilma Rousseff está adotando uma estratégia mais adequada ao harmonizar as iniciativas do Ministério da Fazenda e do Banco Central (BC) para conter a alta da moeda brasileira ante a norte-americana.
Ele elogiou tanto a ação do BC, na semana passada, que decidiu adotar um depósito compulsório de 60% para posições vendidas de dólar acima de US$ 3 bilhões, quanto também a notícia publicada no Diário Oficial de que o Fundo Soberano do Brasil poderá atuar em derivativos através da autoridade monetária.
Para Pochmann, a atuação do governo no mercado futuro de dólar é positiva, pois tem como objetivo reduzir a especulação de instituições que apostam na exagerada valorização do real ante o dólar.
"Contudo, ainda não atacamos alguns problemas, como o ingresso maciço de recursos (externos) desnecessários. Temos um déficit de transações correntes, precisamos de capitais estrangeiros, mas não na dimensão que vêm chegando", ressalta. Ele chegou a dizer que o controle de capital é defendido por instituições multilaterais, como o FMI.
Fonte: Agência Estado