As deliberações da plenária final do 26º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), realizada neste domingo, em São Paulo, demonstraram a firme disposição dos bancários de se mobilizarem por todo o país, para uma forte pressão sobre a empresa na campanha salarial deste ano.

Entre as reivindicações que se apresentam como norteadoras da temporada de luta estão isonomia de direitos entre empregados novos e antigos e valorização dos salários pela adoção do piso indicado pelo Dieese, com reflexo linear em todas as referências.

Para marcar 2010 como o ano da isonomia, o Congresso indicou uma série de iniciativas a serem tomadas, entre as quais criar comitês em defesa da isonomia e realizar atividades permanentes nos locais de trabalho com envolvimento dos técnicos bancários.

Como meio de massificação da luta pela isonomia, foi indicado às entidades sindicais a produção em larga escala de materiais de divulgação, incluindo adesivos e botons.

O congresso propôs ainda a realização de encontro nacional para ampliar a discussão sobre o tema e aprimorar a estratégica de mobilização, inclusive na perspectiva da unificação de iniciativas com trabalhadores de outras empresas públicas. Esse encontro deverá ocorrer antes da Conferência Nacional dos Bancários, que está marcada para os dias 23, 24 e 25 de julho, no Rio de Janeiro.

Outra frente de batalha pela isonomia indicada pelo Conecef é no âmbito do Congresso Nacional, com pressão sobre os parlamentares para aprovação do Projeto de Lei 6259/2005.

Carreira e jornada

O 26º Conecef posicionou-se pela imediata implantação do PCC/PFG, com atendimento às reivindicações encaminhadas pelas representações dos empregados. As propostas dos bancários contemplam, entre outros pleitos, progressão horizontal em cada cargo/função, por tempo de exercício, e eliminação da possibilidade de nomeação pelo gestor de todo e qualquer cargo, para que se utilize sempre o Processo Seletivo Interno (PSI). São também exigências dos trabalhadores a valorização das funções e a extinção do CTVA.

Com relação à jornada de trabalho, o congresso reforçou posição em defesa de seis horas para todos os bancários da Caixa, sem redução de salários. Foi aprovada, inclusive a proposta de criação de dois turnos nas agências e outras unidades da empresa.

Funcef e aposentados

O reconhecimento pela Caixa do CTVA como verba salarial para efeito de aporte à Funcef figura entre as principais propostas a serem aprovadas pelo Concef. Foram também destaques as exigências de eliminação do voto de minerva nas instâncias de gestão da Funcef, de fim das discriminações aos participantes do REG/Replan não-saldado e de mudança do método de custeio desse plano de benefícios.

No tocante aos aposentados, foram reiteradas as exigências de recuperação do poder de compra dos benefícios com aporte de recursos feitos integralmente pela Caixa e de extensão do auxílio-alimentação e da cesta-alimentação, entre outras.

Segurança bancária

Os empregados da Caixa reivindicam a adoção pela empresa de todos os componentes de segurança previstos no projeto Agência Segura. Isso implica em ambientes com imagens via satélite, porta de segurança antes do autoatendimento nas agências, vidro nos guichês etc.

Cobram também aplicação da vigilância orgânica. Ou seja, propõem que todos os vigilantes sejam empregados da Caixa.

Para os bancários, os cofres não devem ser visíveis ao público e câmeras devem focalizar o interior completo das agências, inclusive o lado externo, voltadas para calçada e estacionamento, com monitoramento em tempo real fora do estabelecimento controlado.

Saúde do trabalhador

O Conecef decidiu cobrar da Caixa a criação de unidades específicas para Saúde do Trabalhador e Saúde Caixa, em todos os estados. Também são cobradas estruturas técnicas e administrativas compatíveis com suas atribuições, eliminando a terceirização de atividades.

Outra reivindicação é a realização obrigatória de avaliação psicológica do empregado, com profissional de sua escolha, para empregado que tenha sido transferido sem sua concordância, como prevenção ao assédio moral e outras forma de violência organizacional. Será cobrada também da empresa a criação de auxílio medicamento custeado integralmente pela Caixa para patologias graves e/ou medicamentos de uso contínuo, com reembolso de 70% dos gastos.

Fonte: Evando Peixoto – Rede de Comunicação dos Bancários

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