Itaú amplia atendimento até as 20h em Curitiba, mas não gera emprego

O Itaú começou a pôr em prática na última quinta-feira (26) um projeto piloto, chamado Projeto Corredor, que tem como objetivo ampliar o horário para atender o público das 8h às 20h. Segundo o que foi anunciado pelo banco, dois pares de agências em Curitiba irão adotar novos expedientes: das 8h às 16h e das 12h às 20h.

As agências são: XV de Novembro (Rua 15 de novembro, 332) e Rua das Flores (Rua 15 de novembro, 299); Santo Amaro (Rua Marechal Deodoro, 71) e Marechal (Av. Marechal Floriano Peixoto, 360). O projeto prevê ainda que, após as 16h, serão atendidos somente correntistas pessoa física do Itaú.

Apesar da aparente comodidade proporcionada aos clientes, o Sindicato dos Bancários de Curitiba está questionando a forma como o projeto foi posto em prática: embora o horário de atendimento tenha sido duplicado, o Itaú não alterou o quadro de funcionários, ou seja, está aumentando a demanda de trabalho sem gerar novos empregos.

Além da sobrecarga, existem preocupações com os desvios de função, a infraestrutura e, sobretudo, com a segurança de trabalhadores e usuários. O Sindicato também é contra todo e qualquer tipo de discriminação no atendimento no sistema financeiro. Conforme determina a Resolução 3.694 do CMN, é proibido impedir o acesso de qualquer pessoa aos serviços bancários.

Manifestações

Os dirigentes do Sindicato realizaram na sexta-feira (27) manifestações em frente às agências do Itaú que estão participando do Projeto Corredor, piloto para o resto do país que pretende ampliar o atendimento de correntistas, com abertura às 8h e fechamento às 20 horas.

"O protesto é contra a truculência do Itaú, que muda o horário e a rotina de seus funcionários sem ao menos consultá-los, gerando, ainda, desvio de função", disse Otávio Dias, presidente do Sindicato.

Ele chamou a atenção das pessoas que passavam nas ruas ao lembrar que a extensão do horário de atendimento beneficia somente o correntista. Quem não tem cartão, não entra. "Esperamos que a sociedade curitibana rejeite essa medida e dê o seu recado ao banco", finaliza.

Fonte: Seeb Curitiba