No final do mês passado o Itaú demitiu a funcionária Beatriz, que possui deficiência auditiva e trabalhava na agência Itaipava, em Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro. A bancária estava há dois anos na empresa e tinha sido contratada de acordo com a lei de cotas.

Nos últimos meses o problema relacionado com a audição vinha se agravando, e seguindo orientação médica, a funcionária solicitou ao banco a mudança de área, pois ela trabalhava no setor de atendimento, e ainda era obrigada a fazer telemarketing. Mas com total descaso ela não foi transferida do setor, pelo contrário, permaneceu na mesma função e a cobrança pelo cumprimento de metas era cada vez maior.

No momento em que o Sindicato dos bancários de Petrópolis foi comunicado sobre a demissão, foi feito um contato com o Recursos Humanos do Itaú, para tentar reverter a situação, mas não houve êxito. Segundo o diretor de RH, Sr. Bruno, os portadores de necessidades especiais tem metas iguais aos demais funcionários, e a produção da Beatriz era muito baixa.

"Lamentamos profundamente a falta de sensibilidade nestes casos e não concordamos que os Portadores de Necessidades Especiais sejam exigidos da mesma forma que os outros funcionários, principalmente em relação a metas. Se o banco tem como objetivo cumprir a lei de cotas deve respeitar as limitações destes companheiros, e investir em treinamento com os gestores das agências. O Sindicato irá buscar judicialmente a reintegração da bancária", afirma o presidente do Sindicato, Luiz Claudio Rocha.

Fonte: Monique – Seeb-Petrópolis