"Enquanto apresenta mais um lucro exorbitante, o banco não tem emprego decente, pois fez cerca de 4 mil demissões no mesmo período, o que aumentou a pressão no trabalho, o adoecimento de trabalhadores e as filas nas agências, motivando protestos dos sindicatos em todo país", afirma o funcionário do Itaú e presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.
Carlos Cordeiro aponta que o emprego decente será o tema central da Campanha Nacional dos Bancários 2011. "Vamos cobrar aumento real, piso do Dieese, mais contratações, fim da rotatividade, combate ao assédio moral e às metas abusivas, melhores condições de saúde, mais segurança, aposentadoria digna e inclusão bancária para todos os brasileiros, dentre outros pontos", destaca.
Os números do balanço
Conforme a imprensa, o balanço também revela que o ganho recorrente nesse primeiro semestre ficou em R$ 6,955 bilhões, com crescimento de 7,6% no mesmo comparativo, principalmente devido à evolução da margem financeira e ao aumento nas receitas de prestações de serviços e rendas de tarifas bancárias.
Considerando apenas o segundo trimestre (R$ 3,603 bilhões), houve acréscimo de 2,0% em relação aos três meses imediatamente anteriores e de 13,8% ante o mesmo período em 2010.
Levando em conta o ganho recorrente (R$ 3,317 bilhões), houve redução de 8,8% e alta de 0,6%, respectivamente.
A carteira de crédito do banco, incluindo operações de avais e fianças, alcançou R$ 360,107 bilhões ao final de junho, com expansão de 4,4% em relação ao saldo no primeiro trimestre e de 22,3% ante o mesmo período do ano anterior.
No segmento de pessoas físicas, os destaques no segundo trimestre foram as carteiras de crédito imobiliário e de crédito pessoal, com crescimentos de 18,4% e 12,8%, respectivamente.
Já no período de 12 meses, aparecem as carteiras de cartão de crédito, crédito pessoal e crédito imobiliário, com evoluções de 22,8%, 34,7% e 73,2%, respectivamente.
Na análise dos clientes pessoas jurídicas, a carteira de grandes empresas apresentou evolução de 3,1% no trimestre e de 20,6% nos últimos 12 meses, enquanto a carteira de micro, pequenas e médias empresas registrou aumentos de 4,3% e 26,2% nos mesmos períodos.
O índice de inadimplência total, considerando apenas operações com atraso superior a 90 dias, atingiu 4,5% em junho, puxado pelo desempenho das micro e pequenas empresas, acima de março (4,2%) e levemente inferior ao resultado no mesmo mês no ano passado (4,6%).
Fonte: Contraf-CUT com Folha.com