No encontro desta quinta, os bancários cobraram novamente da empresa explicações sobre o número de demissões registrado nos três primeiros meses de 2010, considerado elevado. A empresa alega que o aumento se deu por conta do programa de incentivo à aposentadoria e apresentou dados relativos à adesão ao programa.
Os trabalhadores solicitaram à empresa os dados relativos a demissões de 2008, 2009 e 2010, e o número de contratações no primeiro trimestre deste ano, organizados por estado, para uma análise mais aprofundada da questão.
Condições de trabalho
Foi retomado o debate sobre a falta de condições de trabalho e segurança nas agências do Unibanco que estão passando por reformas. O banco apresentou levantamento das agências que estão passando por esse processo e afirmou que até outubro todas elas deverão estar com a bandeira do Itaú.
Os trabalhadores cobraram novamente medidas da empresa para garantir as condições de trabalho e a segurança de bancários e clientes. "Em muitas agências, o excesso de pó e o cheiro de tinta prejudicam trabalhadores e usuários. Além disso, as condições de segurança ficam comprometidas", avalia Jair Alves, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco.
Os trabalhadores reivindicam que as agências a serem reformadas fiquem fechadas por um período de dez a quinze dias, remanejando os funcionários para outras unidades da mesma região. A empresa foi contra proposta, afirmando que o fechamento poderia causar perda de clientes. "Não acredito que isso aconteceria num período curto. Essa atitude demonstra que o banco não está preocupado com a saúde de trabalhadores e clientes", afirma Jair.
Fonte: Contraf-CUT