Mais uma vez o Itaú descumpriu acordos estabelecidos com os trabalhadores e aumentou as metas nos contratos dos funcionários ligados à Diretoria de Canais de Atendimento (DCA), os chamados agentes de atendimento e solução. Bancários criticam as mudanças unilaterais que aumentaram a carga de trabalho e a pressão por resultados.

As metas de aderência, tempo em que o trabalhador está atendendo ou disponível para atender ligações, foi aumentado de 92,6% para 97,8%, deixando o tempo para descanso comprometido e prejudicando até mesmo as idas ao banheiro. Além disso, as mudanças não foram discutidas nem com os funcionários, nem com o movimento sindical, demonstrando a intransigência do banco.

Em uma reunião em fevereiro, o Itaú havia se comprometido a realizar alterações para melhorar a qualidade de vida dos agentes, mas, na prática, o que aconteceu foi exatamente o contrário.

“Em menos de três meses, o banco mudou os contratos, prejudicando os funcionários. Não podemos aceitar esse tipo de atitude contra o trabalhador, que piora as condições de trabalho”, diz o dirigente sindical e bancário do Itaú, Sérgio Lopes, o Serginho.

Outro dirigente sindical do Itaú, Antônio Soares, o Tonhão, cobra que a nova gestão que assumiu a DCA há pouco tempo, não repita as práticas da anterior, que respeite os trabalhadores e que busque diálogo com os representantes sindicais.

“É preciso restabelecer o diálogo com os trabalhadores para melhorar as condições de trabalho e para que as metas e a pressão não sejam abusivas”, destacou Tonhão, que cobrou oficialmente uma resposta do banco sobre as alterações nos contratados de meta.

Fonte: Seeb/SP