Em última reunião do dia 20, além de cobrar mais transparência no AGIR, COE cobra ajuste satisfatório do auxílio educação e respostas sobre as mudanças na área de negócios – A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú avaliou que o banco não dá resposta satisfatória sobre as alterações do programa Ação Gerencial Itaú de Resultados (AGIR). A avaliação ocorre depois de um ciclo de reuniões entre os representantes dos bancários e representantes do Itaú e após reunião realizada na última sexta-feira (20). Para a COE, as explicações do banco não foram convincentes.

Segundo o coordenador da COE Itaú, Jair Alves, há uma falta de comunicação do banco com o movimento sindical. “Os bancários de todo Brasil estão preocupados e descontentes com a política do Itaú em alterar as regras do AGIR no final de semestre, ou seja, as regras do programa foram alteradas no meio do caminho sem qualquer comunicado da instituição. Isso compromete a elegibilidade do programa e precisamos de uma definição definitiva sobre o que irá acontecer no AGIR”, explicou Jair.

De acordo com os representantes do Itaú, os comunicados que fazem parte do processo do AGIR, e que tenham ocorrido tardiamente, foram feitos de maneira que não criasse nenhuma novidade na elegibilidade, e também para atenuar as medidas na concessão de carência e inadimplência dos consignados. Contudo, os representantes do banco concordam ter havido erros na comunicação. Entretanto disseram não ter sido intencional e que o objetivo sempre é de melhorar.

“Sobre a falta de clareza e objetividade do banco Itaú, nós cobramos que no momento da assinatura do PCR fique mantida a cláusula que garanta as regras do AGIR. Pois, não se pode mexer num programa já assinado e com as regras definidas”, explicou Jair. O coordenador da COE acrescentou que além de as mudanças no final do semestre terem causado apreensão na categoria, vale lembrar que o assédio por cumprimento de metas tem sido constante, o que só aumenta a insegurança no ambiente de trabalho que já se encontra precário.

Reajuste do auxílio educação está aquém da realidade

Outra cobrança da COE Itaú foi sobre a definição do auxílio educação. Para os representantes dos trabalhadores, o auxílio educação precisa ter um reajuste satisfatório, uma vez que o reajuste não foi feito com um percentual que condiz com a realidade dos bancários.

De acordo com os representantes da Fetec/CN, no ano anterior, houve bancários que não conseguiram ser contemplados com o auxílio educação. “Será preciso acelerar as discussões em torno do auxílio educação, pois as instituições educacionais em dezembro já devem abrir o período de matrículas. Além disso, o banco deve ser transparente e apresentar à COE o número total de inscritos dentro do programa e como foi feita a distribuição dentro do banco”, pontuou Jair.

De acordo com os representantes do banco, devido às alterações estruturais, será encaminhada uma definição da direção para voltar com a discussões sobre auxílio educação e o PCR (que ainda não tem uma definição de valores), pois são oriundos da mesma fonte de financiamento e ambos terão que ser rediscutidos.

Demissões – Uma rotina amarga

Outro assunto destacado na reunião foi sobre as demissões que estão ocorrendo no Itaú. “Nos últimos dias houve em torno de 15 demissões de Go`s e GGC´s. São números que preocupam e têm gerado muita tensão nos bancários, que vêm cobrando uma posição dos sindicatos, já que os desligamentos estão virando uma rotina no Go’s”, ressaltaram representantes da Comissão.

Próxima reunião

A próxima reunião deverá acontecer na semana que vem, onde o tema teletrabalho será amplamente discutido, e a cobrança de uma definição concreta sobre a distribuição dos valores do auxílio educação.

Fonte: Contraf-CUT