O descaso do Bradesco com a segurança em suas agências todo dia causa novas vítimas. Os crimes praticados na tarde de quarta-feira, dia 5, e na madrugada desta quinta-feira, dia 6, em Belo Horizonte, são apenas mais dois exemplos das consequências do desrespeito do banco à vida de funcionários, clientes e usuários.

Na quarta-feira, 5, ganhou notoriedade na mídia o caso do jogador de futebol Wanderson de Paula Sabino, conhecido como Somália, revelado pelo América-MG, que foi vítima da conhecida “saidinha de banco” em Belo Horizonte. Dois homens armados levaram R$ 10 mil do atleta após sua saída, durante a tarde, de uma agência do Bradesco em um shopping da capital.

Já na madrugada desta quinta-feira, uma agência do banco foi invadida no bairro Santa Helena, na região do Barreiro. Os criminosos explodiram um dos caixas eletrônicos e o impacto da explosão destruiu parte dos vidros da entrada.

O Sindicato esteve presente no local representado pelos diretores Élcio Chaves, Vanderci Antônio, Wanderlei Pinto, Wander de Castro e Welington Cruz Marinho, e garantiu, mesmo diante da tentativa do gerente regional de abrir a agência, que a mesma permanecesse fechada durante todo o dia por não estar em condições de funcionar com segurança. A unidade de trabalho só voltará a funcionar quando não oferecer mais risco a funcionários e clientes.

Os bancários têm realizado atos e paralisações para protestar contra a falta de segurança no Bradesco. Na quarta-feira, três agências da região central de Belo Horizonte foram paralisadas durante todo o dia e os dirigentes sindicais distribuíram uma carta aos funcionários e à população para denunciar o descaso.

O Bradesco insiste em descumprir a lei municipal nº 10.200/2011, de Belo Horizonte, que obriga a instalação de biombos entre os caixas e espaços reservados para a fila de espera nas agências.

O banco ignora estatísticas da Polícia Militar que comprovam que, após a instalação dos equipamentos de segurança, o número de ocorrências das “saidinhas de banco” caiu cerca de 57% entre 2011 e 2012, sendo que 97% dos casos ocorreram justamente em unidades de trabalho sem os biombos.

Para o funcionário do Bradesco e diretor do Sindicato, Leonardo Marques, mesmo diante das cobranças, o Bradesco mantém a intransigência e não aceita implementar equipamentos de segurança.

“Além de não cumprir a lei municipal dos biombos, o Bradesco retira portas giratórias de agências e tem inaugurado novas unidades de trabalho sem estes equipamentos. O Sindicato não se calará diante da situação e continuará realizando paralisações e denunciando aos órgãos competentes o desrespeito do banco”, afirmou.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb BH