
Bancários cobram respeito, acordo marco global e renovação do aditivo
Após cinco dias de intensas mobilizações nas principais concentrações e em mais de 40 agências de São Paulo, Osasco e região, foi a vez da sede do banco espanhol no Brasil receber as atividades da Jornada Internacional de Lutas do Santander.
Mas o que o revestimento envidraçado da sede do banco refletiu foi a indignação dos bancários, que cobraram melhores condições de trabalho e fim das demissões, das metas abusivas, do assédio moral e das práticas antissindicais.
Faixas estendidas destacaram as reivindicações dos bancários, como "melhoria na participação dos lucros", "renovação do acordo aditivo" e um claro recado foi mandado: "Os trabalhadores brasileiros não podem pagar pela crise na Espanha".
Acordo marco
De acordo com a secretária de Finanças do Sindicato e funcionária do Santander Rita Berlofa, o banco precisa estender suas melhores práticas aos trabalhadores em todos os países onde está presente.
"Defendemos a unificação da jornada de trabalho, estabilidade, fim das metas abusivas e queremos que o banco assine um compromisso como o que foi assumido com o Comitê Empresarial Europeu, que trate sobre a venda responsável de produtos. Queremos que esse compromisso estenda-se à América", avaliou a diretora do Sindicato.
As manifestações da Jornada Internacional de Lutas do Santander começaram na segunda 21 e terminaram nesta sexta 25. Em todos os países latino-americanos onde o banco espanhol atua ocorreram protestos dos trabalhadores.
Avanços
Foi durante a semana de mobilizações que o banco agendou a data da primeira rodada de negociações para a renovação do Acordo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários e o PPRS (Programa de Participação nos Resultados do Santander). A reunião será realizada no dia 1º de dezembro, em horário e local a ser confirmado.
A pauta específica de reivindicações para a renovação foi entregue em 30 de agosto. Após essa data os representantes dos trabalhadores cobraram, em cartas entregues em 20 de outubro, 7 e 21 de novembro ao superintendente de Recursos Humanos do Santander, Jerônimo dos Anjos, o agendamento da negociação.
"Essa reunião é de extrema importância para os funcionários do Santander. O banco mantém o único acordo aditivo dentre os bancos privados e queremos a renovação do instrumento", afirma Rita Berlofa.
Fonte: Seeb São Paulo