Crédito: Seeb Curitiba
Seeb Curitiba Na manhã desta quinta-feira, 17 de dezembro, a abertura dos portões dos três blocos do Centro Administrativo do HSBC no Hauer foi atrasada. A atividade, realizada pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, integra a Jornada Internacional de Lutas que está acontecendo, de 14 a 18 de dezembro, em toda a América Latina.

"Estamos exigindo do banco valorização profissional, respeito aos empregos e fim das práticas antissindicais, além de mantermos nosso protesto contra o achatamento da PLR", explica Carlos Alberto Kanak, secretário-geral da entidade e trabalhador do HSBC. Os portões do Centro Administrativo foram abertos somente às 9h30.

Apesar da alta lucratividade nos países da América Latina, o HSBC vem adotando uma postura bastante arbitrária neste continente, marcada sobretudo pela desvalorização dos funcionários. "Podemos observar facilmente que a empresa mantém uma política de demissões, sobrecarga de trabalho e baixos salários", ilustra Kanak.

São por estes e outros motivos que o movimento sindical está exigindo do banco inglês a abertura de um canal de diálogo franco com os representantes dos trabalhadores. "Precisamos globalizar também a luta dos bancários", acrescenta.

Durante a atividade realizada no Hauer, além de distribuir o jornal da Rede Global Bancária (com informações da 5ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais de Bancos Internacionais, que aconteceu em Santiago do Chile nos dias 26 e 27 de novembro), os dirigentes do Sindicato de Curitiba e região relataram aos bancários sobre a realidade dos outros países e as movimentações que estão acontecendo em toda a América Latina.

Mais mobilização

As mobilizações em prol de melhores condições de trabalho no HSBC prosseguiram, na tarde desta quinta-feira, 17 de dezembro, no Centro Administrativo Palácio Avenida, na Rua XV de Novembro. O ato contou com a presença de dirigentes sindicais de inúmeros Estados, que, juntamente com os representantes dos trabalhadores de Curitiba e região, discursaram para a população e distribuíram o jornal da Rede Global Bancária (com informações da 5ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais de Bancos Internacionais, que aconteceu em Santiago do Chile nos dias 26 e 27 de novembro).

Após o almoço, os representantes dos bancários voltaram a se reunir em frente ao banco para alertar sobre a insatisfação dos trabalhadores e exigir uma mudança de postura. "Nosso objetivo é fazer uma provocação para que o HSBC reveja sua postura. No nosso entendimento, a empresa tem sido excessivamente conservadora, principalmente com relação aos provisionamentos, o que acarretou numa PLR muito rebaixada para os bancários", explica Carlos Alberto Kanak, secretário-geral do Sindicato e trabalhador do HSBC.

Durante as manifestações, os dirigentes sindicais ressaltaram várias questões fundamentais. Lúcio Mauro Paz Barros, do Sindicato de Porto Alegre, destacou a importância da valorização dos trabalhadores, política que não vem sendo adotada pelo RH do HSBC. "O desrespeito aos bancários é prática comum também em vários outros países da América Latina", lembrou Belmiro Aparecido Moreira, do Sindicato do ABC.

Para Geraldo Rodrigues de Oliveira, do Sindicato de Belo Horizonte, é urgente que o banco coloque um fim nas demissões e comece a proteger os empregos. Também marcaram presença diretores dos Sindicatos de Pernambuco, Ceará, Criciúma e Blumenau, além do representante da entidade de São Paulo e da Contraf-CUT Sergio Siqueira.

O HSBC vem sendo avisado há bastante tempo da insatisfação de seus funcionários. "Desrespeito aos trabalhadores; cobrança de metas abusivas; remuneração injusta; e, além de tudo isso, centenas de demissões. Infelizmente, são estas as práticas que imperam no banco", acrescenta Marco Aurélio Cruz, dirigente do Sindicato de Curitiba e região e trabalhador do HSBC. "Nós só queremos que o banco respeito o emprego e os empregados nos países em que está atuando e que mantenham um canal de diálogo com o movimento sindical", finaliza.

Fonte: Renata Ortega – Seeb Curitiba

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