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Mobilização das centrais em defesa dos direitos dos trabalhadores

A CUT pressionou e o Congresso Nacional atendeu: a discussão sobre a regulamentação da Emenda 72/2013, que trata dos direitos das trabalhadoras domésticas, volta a ter caráter tripartite e não será enviada ao parlamento sem consenso com as centrais.

Esse foi o compromisso que representantes do governo e parlamentares assumiram em reunião nesta terça-feira (28) com representantes dos trabalhadores, em Brasília.

A reunião contou com a presença do assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência, José Lopez Feijóo, e do presidente e o relator da comissão encarregada de regulamentar a lei, deputado federal Cândido Vacarezza (PT-SP) e o senador Romero Jucá (PMDB-RR), respectivamente. Além de representante do Ministério do Trabalho e Emprego.

Durante a discussão, os parlamentares afirmaram – sem detalhar – que já iriam modificar o relatório sobre a emenda nos pontos mais polêmicos como a multa de 40% do Fundo de Garantia (FGTS) em caso de demissão e o recolhimento da contribuição do INSS.

A expectativa é que um novo texto fique pronto nesta quarta (29) para ser analisado e discutido em nova reunião agendada com Jucá e Vacarezza para a próxima terça (4), às 15h, novamente na capital federal.

Para o presidente da Central, Vagner Freitas, o mais importante foi reestabelecer as centrais como interlocutoras no processo de negociação.

“Da mesma forma que a CUT interferiu em relação à MP (Medida Provisória) dos Portos, conseguimos fazer com que os trabalhadores tivessem protagonismo nesse debate. Tanto que o assunto já seria votado amanhã (29) na comissão e não vai mais, porque as propostas das centrais serão discutidas na mesa de negociação com o governo e com o parlamento, antes de enviadas ao Congresso”, afirmou.

Certo mesmo, diz Vagner, é que a Central não aceita negociar a redução de direitos.

“Os mesmos direitos aos quais tem acesso o trabalhador com carteira assinada devem ser estendidos às trabalhadoras domésticas. Não aceitaremos o rebaixamento de conquistas”, complementou.

Fonte: CUT