Esse retrocesso acabou com direitos trabalhistas, colocou em risco a aposentadoria pública, tornou novamente escassos os empregos, enfraquece bancos e outras instituições públicas para justificar sua privatização.
O que se quer, quando se compromete o direito ao voto de milhões de brasileiros com um julgamento questionado por juristas de todo o mundo, é uma nação de joelhos, vendida. Provedora de mão de obra barata e desorganizada pronta a aceitar migalhas em troca de algum trabalho ainda que intermitente, temporário, terceirizado ou análogo à escravidão. Um povo que trabalhe até morrer, sem gozar do descanso devido àqueles que, ainda jovens, precisaram conciliar estudo e jornadas exaustivas para ganhar a vida.
Enquanto isso, se refestelam aqueles que reclamavam dos aeroportos cheios, dos direitos para as domésticas, da alegria das famílias que viram suas primeiras gerações em séculos chegarem às universidades.
A democracia e as leis brasileiras também estão sendo golpeadas, por juízes que condenam sem provas. Defender o que nos resta do direito de participação é tudo que temos. É mais que nunca primordial participar dos sindicatos, das entidades representativas, da mobilização contra o Estado de Exceção no qual, aos poucos, estamos sendo encarcerados.
Fora da democracia o Brasil está se desfazendo. Nosso país, que já chegou a mirar o patamar de quinta potência mundial, despenca tanto no que se refere à riqueza da nação, como sob os olhos da opinião pública mundial. Um país que viu nascer o século 21 respeitado no mundo todo por sua capacidade de crescer incluindo cidadãos e acabando com a miséria, agora virou chacota internacional.
O Sindicato permanecerá ao lado dos trabalhadores e na luta para trazer de volta o Brasil democrático, soberano e justo, para todos. Não dá para aceitar nenhum direito a menos. Somos milhões e podemos virar esse jogo: a chave está na participação popular.