Dados do Banco Central informam ainda que a inadimplência, eterna desculpa para taxas altas, não aumenta – (São Paulo) As taxas de juros cobradas pelos bancos para as pessoas física em junho são nada menos que quatro vezes maior do que o valor da Selic, a taxa básica de juros do país, de acordo com dados divulgados na terça 28 pelo Banco Central (BC). Já a inadimplência, eterna desculpa dos banqueiros para manter as cobranças nas nuvens, ficou estável no mês.

A taxa geral (pessoas físicas e jurídicas) chegou a 36,7% ao ano, o menor patamar desde dezembro de 2007. Já a Selic estava em 9,25% em junho, também ao ano, a menor da história até então. Atualmente, a taxa básica já caiu mais 0,5 ponto percentual e está em 8,75% ao ano.

No caso das taxas apenas para pessoas físicas, o abismo é ainda maior. Nos bancos, ficaram em média em 45,6% ou cinco vezes maior do que a Selic. O melhor cenário é para as pessoas jurídicas, com taxas médias de 27,5%, mas ainda assim quase três vezes maiores que a taxa básica.

Cadê a responsa? – Os dados do Banco Central mostram que a inadimplência para as famílias ficou praticamente estável, subindo de 5,5% para 5,7%. O índice específico para pessoas físicas ficou nos mesmos 8,6% de maio e, para pessoas jurídicas, foi quase o mesmo, crescendo de 3,2% para 3,4%.

“A Selic está em queda e a inadimplência, estável. Então perguntamos: cadê a responsa, banqueiro? Onde está a prática da responsabilidade social tão difundida nos comerciais?”, diz o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, lembrando que o crédito barato é uma condição básica para o fortalecimento da economia.

Fonte: SEEB – SP

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