Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam que, no mundo, cerca de 1,4 bilhão de trabalhadores sobreviviam com empregos precários em 2017, e outros 35 milhões deverão engrossar essa estatística em 2019. Em países em desenvolvimento, como o Brasil, o problema afeta três em cada quatro trabalhadores.
“Precisamos desenvolver e implantar novas ferramentas e linguagens de comunicação que nos ajude a organizar a resistência contra as novas formas de contratação que precarizam o trabalho”, disse a vice-presidenta de Juventude Uni Américas, Lucimara Malaquias, uma das representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na reunião.
Entre as formas de precarização do trabalho, Lucimara destacou a ‘pejotização’, no qual o trabalhador arca com o custo das ferramentas e assume os riscos do trabalho; e o trabalho temporário, que além de não garantir direitos trabalhistas, não dá a possibilidade para que o empregado planeje sua vida no médio e longo prazos, impedindo-o de conseguir financiamento habitacional, por exemplo.
Perseguição política
Durante o encontro, os jovens receberam a visita do vice-ministro de Relações Trabalhista e Inspeção da Colômbia, Carlos Alberto Baena, e aproveitaram para reivindicar o compromisso do governo colombiano com o fim da perseguição e assassinatos de líderes sindicais e de movimentos sociais.
“A Colômbia tem um histórico de perseguição política e assassinatos de lideranças sindicais e demais movimentos sociais. Dados da centrais sindicais colombianas apontam para a morte de um dirigente a cada quatro dias no país. Esses dados são alarmantes. Estamos cobrando a solução do governo colombiano e nos comprometemos a denunciar esta situação aos organismos internacionais”, disse coordenadora da Rede Uni Juventude Brasil, Katlin Salles, do Sindicato dos Bancários de Curitiba, que também representou a Contraf-CUT na reunião.
“Garantir a liberdade sindical é condição fundamental para garantir a governabilidade democrática e estabelecer a paz social”, concluiu Lucimara Malaquias.