A presidente, imaginando que Redrado acataria o pedido, ofereceu o cargo ao economista Mario Blejer, ex-presidente do BC e ex-diretor do Banco da Inglaterra. No entanto, inesperadamente, o governo Kirchner deparou-se com a resistência de Redrado, que, por sua vez anunciou que não renunciará ao posto, já que seu mandato, que iniciou em 2004, e será concluído no dia 23 de setembro.
Os principais líderes da oposição declararam apoio a Redrado, para que este permaneça em seu cargo. O senador Gerardo Morales, da União Cívica Radical (UCR), que reuniu-se com ele ao meio-dia, confirmou que "Redrado não renunciará. Ele não irá embora".
O impasse causa preocupação nos mercados, já que por trás da crise entre Redrado e a presidente Cristina está a decisão do governo de usar reservas do BC para o pagamento da dívida pública que vence em 2010.
Por discordar da decisão, Redrado nunca abriu conta especial no Tesouro para pagar credores internacionais e proprietários de títulos do governo. Ele deve permanecer no cargo até ser retirado via Congresso, conforme a Lei Orgânica do Banco Central. Mario Blejer deve assumir o posto.
Fonte: Portal Vermelho, Estadão Online e Opinião e Notícia