No dia 29 de março, o Sindicato dos Bancários da Paraíba vai promover o lançamento do livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr. O evento faz parte das comemorações pelos 70 anos de história do SEEB – PB e vai acontecer na sede da Entidade (Av. Beira Rio, 3.100 – Tambauzinho), a partir das 19h, com a participação do Deputado Federal Luiz Couto (PT-PB).
Com cerca de 340 páginas, o livro “A Privataria Tucana” é o resultado de 12 anos de investigações do repórter Amaury Ribeiro Jr. sobre as privatizações de estatais brasileiras, entre elas a Companhia Vale do Rio Doce (empresa do setor de mineração e siderurgia), e a Telebrás (empresa de telecomunicações), ocorridas durante o governo Fernando Henrique Cardoso. O livro traz o resgate histórico desse período, evidenciando os bastidores de todo este processo.
Para o presidente do Sindicato, Marcos Henriques, é muito importante a divulgação de um livro que já é considerado um Best-seller e que traz, além de relatos dos bastidores das privatizações, documentos inéditos sobre lavagem de dinheiro e pagamento de propinas. “Cabe ao movimento sindical promover uma obra que desmistifica a ‘era das privatizações’, oferecendo uma visão contundente e realista dos bastidores da política”, argumentou.
O jornalista e autor do livro, Amaury Ribeiro conta com detalhes e comprova com vasta quantidade de documentos os crimes de tráfico de influências, evasão de divisas e favorecimento ocorridos durante o processo de privatização realizado nos governos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no qual acusa o tesoureiro de campanha do PSDB, Ricardo Sérgio de Oliveira, de ter atuado como "artesão" da construção de consórcios de privatização em troca de propinas.
CPI DA PRIVATARIA
Com desvios bilionários ocorrido na época das privatizações, o deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) protocolou um requerimento na Câmara pedindo a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre as privatizações, em 21 de dezembro. Para Queiróz, o lançamento do livro ocorrendo em todo o Brasil acelera o processo de julgamento pela Câmara e assim inicia uma série de manifestações públicas no sentido de pressionar a Mesa Diretora da Câmara a definir, o quanto antes, os nomes dos integrantes da CPI.