O Sindicato do Lotéricos de Santa Catarina (Sindelsc) estima que a lei que obriga pelo menos um vigilante em agências lotéricas e postos dos Correios resultará na contratação de, pelo menos, 2 mil profissionais de segurança. O projeto surgiu de uma proposta do Sindicato das Empresas de Segurança e da Federação dos Vigilantes de Santa Catarina.

O autor do projeto, deputado Renato Hinnig (PMDB), escreveu na justificativa do projeto que estava "atendendo à solicitação" do sindicato das empresas e da Federação do Vigilantes. Mas negou que a proposta sirva para atender interesses de uma categoria. Ele garantiu que o objetivo foi aumentar a segurança de funcionários e clientes de casas lotéricas e de agências dos Correios.

O presidente da Federação dos Vigilantes, Luiz Carlos da Silva, admitiu que partiu da categoria a iniciativa do projeto. Ele revelou que, apesar de a lei ter alcance estadual, ela foi sugerida com base em um estudo feito a partir de reportagens publicadas em jornais sobre crimes ocorridos em casas lotéricas de São José, na Grande Florianópolis.

Segundo Silva, dois deputados chegaram a pedir vistas ao projeto, mas foram pressionados a não sugerir alterações. No entanto, vigilantes e empresários de segurança privada negaram interesse corporativo, mas sim preocupação com os assaltos nos estabelecimentos.

Lembrando o aumento nos custos que o projeto exigirá, o presidente do sindicato dos lotéricos, Sergio Renato da Silva, lamentou que a entidade não foi consultada.

– A lei só faz bem aos vigilantes – protestou.

Fonte: Diário Catarinense (Florianopolis – SC)

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