Após vários adiamentos da votação que vai definir se poderá haver venda de bebida alcoólica na Copa do Mundo de 2014, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), líder do governo na Câmara, afirmou nesta segunda-feira que a Lei Geral da Copa será votada nesta semana no plenário da Casa. A decisão foi tomada após uma reunião entre os ministros e a presidente Dilma Rousseff.
"Avalio que seja possível votarmos esta semana. Na Câmara, nós já vínhamos conversando, dialogando e esclarecendo um ou outro ponto. E naquele, especialmente, onde aflorou algumas divergências de opinião queremos manter esse diálogo", disse o deputado ao "G1"
A venda de bebidas alcoólicas causou uma divergência entre o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e líderes da base. Os líderes afirmaram que iriam excluir o tema do texto, já o ministro disse que havia um compromisso entre o governo e a Fifa para a comercialização de bebidas na Copa. O deputado Vicente Cândido (PT-SP), relator do texto na Câmara, declarou que a liberação da bebida seria mantida no texto, e que os líderes haviam sido mal orientados.
Existem dois textos para serem aceitos pelo Congresso, ambos estão de acordo com o compromisso do governo com a Fifa. Existe uma proposta de lei encaminhada pelo governo em que a decisão de liberar ou não a bebida cabe aos estados. A que traz liberação expressa do àlcool nos estádios foi votada na comissão especial da Câmara. Nesta terça-feira haverá reunião entre os parlamentares da oposição e da base para decidir qual texto será aceito pelo Congresso.
"Temos duas situações sobre as quais não há retorno. O projeto original do governo e o parecer do relator que honra o compromisso do governo em principio qualquer uma das duas serve. Vamos definir por qual na base do governo aquela que dê mais conforto na votação", comentou Chinaglia.
O deputado ainda disse que o Estatudo do Torcedor não fala diretamente sobre bebida alcóolica, e sim sobre bebidas ou substâncias proibidas que possam gerar atos de violência. Segundo Chinaglia, isso poderá ser uma abertura para que a lei seja aprovada.
Fonte: SEEB-RJ