A participação da inadimplência na composição do spread registrou alta de 31,23% (em 2008) para 32,16% (em 2009). O custo administrativo passou de 11,50% para 15,77% no período.
Os depósitos compulsórios (recursos que os bancos são obrigados a depositar no BC) mais os subsídios cruzados (gerados pelo direcionamento obrigatório de parte dos depósitos à vista e de poupança para crédito rural e crédito habitacional) representaram 1,65% no ano passado, contra 1,48% em 2008.
Os custos com o Fundo Garantidor de Crédito representaram 0,62% em 2009, ante 0,52% no ano anterior. Os impostos indiretos foram responsáveis por 3,15% do spread, uma pequena queda em relação a 2008, que ficou em 3,19%.
O relatório mostra ainda que o spread, no ano passado, ficou em 29,81 pontos percentuais, contra 39,98 pontos percentuais do ano anterior. "O Banco Central entende que a queda dos spreads bancários deve, necessariamente, estar relacionada a ações que visem, entre outros, ao aumento da concorrência e da eficiência bancária, bem como à redução da inadimplência", informa o relatório.
O BC também divulgou que a queda do spread dos bancos públicos foi maior do que a das instituições privadas. Os bancos públicos apresentaram spread de 26,12 pontos percentuais no ano passado, contra 37 pontos percentuais de 2008. No caso dos bancos privados, o spread passou de 40,98 pontos percentuais, em 2008, para 31,23 no ano seguinte.
Fonte: Agência Brasil / Kelly Oliveira