O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira estar certo de que o número de postos de trabalho fechados em novembro serão recuperados no ano que vem. Segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), 40.821 postos foram fechados em novembro.

Lula sugeriu que a falta de crédito no mercado foi determinante para que houvesse o arrefecimento do mercados de trabalho e destacou que as medidas de incentivo do governo e programas de investimento, como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), farão com que o país recupere as perdas na economia.

"A gente não enfrenta crise com choradeira ou pessimismo. Se enfrenta com investimento e trabalho e é isso que vou continuar fazendo porque acredito no potencial de nosso país", afirmou Lula durante encontro com o presidente francês, Nicolas Sarkozy.

O presidente ressaltou que o Brasil foi um dos países que adotou medidas de resposta à crise de forma mais rápida para evitar que a turbulência cheque à economia real.

Buscando minimizar os dados do Caged divulgados ontem, Lula afirmou que, de janeiro a outubro, foram criados 2,2 milhões de empregos com carteira assinada. Ainda de acordo com Lula, nos últimos seis anos, a geração de postos de trabalho formais somaram 11 milhões.

A escassez de crédito no mercado internacional foi destacada pelo presidente como uma das causas da redução de postos de trabalho em novembro. Segundo Lula, o crédito com origem externa chegou a representar 30% do volume que circulava no Brasil.

"Quando a fonte secou, todos correram para buscar crédito no Brasil, e não tinha recursos para todos", explicou Lula, lembrando de medidas como a liberação dos compulsórios para aquecer o crédito interno.

Lula disse ainda que o governo tomou todas as medidas que poderia adotar e que vai continuar anunciando ações, de acordo com a necessidade.

Ele voltou a conclamar os brasileiros a continuar comprando "porque se não comprar, poderão perder empregos". O presidente disse ainda que vai "continuar nessa campanha [de incentivo ao consumo], sou o mais otimista dos brasileiros".

Fonte: Folha Online / Cirilo Júnior