A crise de 2008 favoreceu o endividamento de alguns países europeus, como a Irlanda, que agora procuram ajuda externa para equilibrar suas finanças. Além da recuperação do setor financeiro, os governos têm reduzido salários e aumentado impostos.
Já detentor de 100% das ações do Anglo Irish Bank desde 2009 – quando a instituição foi nacionalizada em troca de um empréstimo de R$ 68,3 bilhões (30 bilhões de euros), o equivalente a 20% do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas do país) -, o governo de Brian Cowen também deve superar os 90% de ações no Allied Irish Bank (AIB), do qual hoje detém 18% de participação. Além dos dois, o Estado também deve assumir o controle do Bank of Ireland, elevando sua participação acionária dos atuais 34% para mais de 50%.
AIB e Bank of Ireland perderam 80% de seus valores de mercado desde a eclosão da falência do Lehman Brothers, em setembro de 2008. As três instituições dividem o mercado de 4,4 milhões de clientes do país. Dois outros bancos de financiamento imobiliário, o EBS e o Irish Nationwide (INBS), também já são controlados pelo poder público, que detém 51% das ações das duas empresas.
A nacionalização, entretanto, vai custar caro à Irlanda. Só o AIB pode receber até R$ 16 bilhões (7 bilhões de euros) dos R$ 193 bilhões (85 bilhões de euros) em recursos prometidos pela UE (União Europeia) e pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).
E nem a injeção de recursos é capaz de garantir a seguridade da instituição. Desde janeiro, o banco já perdeu R$ 29,6 bilhões (13 bilhões de euros) em depósitos de seus clientes.
Fonte: Agência Estado