Mais uma gerente do Santander foi sequestrada nesta semana na Grande Belo Horizonte, diante da insegurança que ronda os bancários e a sociedade.

Em Santa Luzia, a gerente do Santander e o marido dela, que também é gerente do banco, foram sequestrados por cinco homens. O casal foi abordado em casa e, depois de passar a noite em poder dos bandidos, ela foi obrigada a usar as chaves para entrar no banco e fazer o saque.

Lagoa Santa

Outra gerente do Santander, desta vez na cidade de Lagoa Santa, também foi sequestrada na noite da última segunda-feira, dia 20. Os suspeitos invadiram a casa da gerente do banco e, enquanto a filha dela, de oito meses, e a mãe ficaram em poder dos bandidos, a bancária foi obrigada a ir ao banco e abrir o cofre da agência.

Irresponsabilidade

"Para evitar que situações como essas aconteçam temos reivindicado há tempos o fim do procedimento da guarda das chaves pelos bancários e que abertura e fechamento das agências sejam feitas por empresas especializados em segurança", explica o funcionário do Santander, secretário de Imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr.

Ele lembra que a Convenção Coletiva de Trabalho garante à funcionária atendimento médico e psicológico, bem como realocação para outra agência caso ache necessário. "Além disso, o Santander deve emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho para a bancária", reivindica Ademir, que também é diretor da Afubesp.

Desrespeito à vida

O Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte denuncia a falta de respeito à vida por parte dos bancos que sempre colocam o lucro em primeiro lugar e desprezam a vida dos bancários, clientes e usuários. Além de não oferecer nenhuma segurança para os gerentes que são vítimas constantes de bandidos, os banqueiros se recusam a seguir as normas em vigor nacionalmente.

Pela lei, todas as agências bancárias deveriam dispor de vigilantes, alarmes e equipamentos eletrônicos, mas a maioria dos bancos não cumpre a legislação. Muitas unidades não têm portas com detectores de metais, nem sistema de filmagem em tempo real. Há ainda número insuficiente de vigilantes em várias dependências, o que facilita a ação dos bandidos.

Para o presidente do Sindicato, Cardoso, a situação de terror vivenciada pelos bancários e, em especial pelos gerentes, é absurda.

"O Sindicato tem denunciado a situação de terror vivenciada pelos bancários, seus familiares, clientes e usuários por causa da falta de segurança nas agências. A situação é terrível e exige providências imediatas das autoridades. Nós temos reivindicado com insistência que os bancos cumpram as exigências legais de segurança, mas eles resistem. Precisamos unir forças com os diversos segmentos da sociedade para combater este descaso dos bancos para com a vida", afirmou.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb BH

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