Os protestos na Novelis começaram na terça-feira, dia 22, quando o Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba criticou uma demissão ocorrida no setor da Refusão, motivada por perseguição, bem como as práticas de assédio moral cometidas por um dos coordenadores da área. Ainda nesse setor, problemas graves na segurança, como o risco de vazamento de metal líquido, foram denunciados.
Durante toda a quinta-feira, a diretoria do sindicato ficou de plantão na porta da fábrica, aguardando abertura da empresa para negociar as reivindicações. A reunião só ocorreu às 19h, quando a empresa se comprometeu em fazer as adequações na segurança em caráter de urgência e eliminar as práticas de assédio moral, hoje frequentes na Refusão. Outra reunião foi realizada na tarde dessa sexta.
O presidente do sindicato, Romeu Martins, agradeceu a mobilização dos trabalhadores. “A situação da Novelis já está repercutindo no Estado e a Federação dos Metalúrgicos (FEM/CUT) também está acompanhando o caso. A empresa só sentou para conversar quando viu que os trabalhadores estão unidos. Hoje o sindicato continua de plantão e continuará com forte presença na Novelis, pelo menos, até ver sinais de mudança dentro da empresa”, exclamou.
Racismo– Um diretor negro do sindicato, juntamente com o Departamento Jurídico, formalizou um Boletim de Ocorrência nessa sexta-feira, dia 25. Na porta da empresa, ele foi chamado de “macaco” por um dos coordenadores da Novelis.
Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba e Região/SP