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"O Marighella tinha saído para encontrar os companheiros para poder tirar do Brasil as pessoas perseguidas e, nessa travessia, foi assassinado", lembrou a companheira do guerrilheiro, Clara Charf. Para ela, prestar esta homenagem a Marighella todos os anos é uma forma de desfazer as mentiras contadas pela ditadura, além de usar a imagem do guerrilheiro para combater as injustiças atuais.
Para o presidente da presidente da Comissão da Verdade da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, deputado Adriano Diogo (PT), a recente onda de violência que atinge o estado é uma repercussão dos anos de autoritarismo. "Acho que a onda de violência é um resquício da ditadura. É uma coisa bestial. Esses jovens da periferia sendo executados", disse Diogo.
O baiano Carlos Marighella iniciou a militância aos 18 anos, quando se filiou ao Partido Comunista Brasileiro. Preso em 1936, durante a ditadura de Getúlio Vargas, foi eleito deputado federal constituinte em 1946 e, no ano seguinte, teve o mandato cassado.
Quase 20 anos depois, foi preso pela Delegacia de Ordem Política e Social (Dops). Em 1968, fundou a Ação Libertadora Nacional (ALN), grupo armado de resistência à ditadura.
Fonte: Agência Brasil