Mobilização dos bancários na quinta-feira, dia 17, em São Paulo

No dia 2 de fevereiro, o Santander respondeu a carta enviada 12 dias antes pela Contraf-CUT, entidades sindicais e Afubesp, exigindo o cancelamento das eleições antidemocráticas colocadas em marcha pelo banco para os conselhos do SantanderPrevi. Na resposta, o Santander afirmava que marcaria uma reunião com os trabalhadores dentro de uma semana para tratar do assunto.

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Passaram-se mais de duas semanas e nada. Em protesto por mais uma promessa não cumprida pela direção do banco espanhol, o Sindicato dos Bancários de São Paulo fez uma manifestação na manhã de quinta-feira, dia 17, em frente ao Casa 1, atrasando até as 10h a abertura da concentração.

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"Os absurdos que envolvem o SantanderPrevi foram o mote principal, mas a lista de problemas que enfrentamos vai muito além, e grande parte delas está ligada ao fato de o Santander não aplicar seu discurso na prática", afirmou o diretor do Sindicato e Coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE), Marcelo Sá.

Entre os problemas mais graves estão a questão da compensação de horas, que, além de serem feitas sem o aval dos sindicatos, são realizadas sem respeito à vontade dos bancários, e a pressão por metas, que atinge até mesmo os caixas das agências.

"O Santander precisa contratar mais funcionários para desafogar principalmente as agências. O Brasil é o maior mercado do banco espanhol, responde por 25% do lucro mundial. Já chegou a hora de o Santander retribuir com mais geração de empregos no Brasil", afirma Sá.

Boas vindas a Portela

Os bancários aderiram e participaram do protesto, elogiando a iniciativa. Também foi lembrado durante o ato o pagamento da PLR, que será antecipado para esta sexta 18 atendendo a reivindicação do Sindicato.

"Ainda existe uma diferença muito grande entre os valores milionários pagos aos altos executivos nos bônus e a PLR paga aos bancários. Esse abismo precisa ser reduzido, disse o diretor do Sindicato Roberto Paulino, que também participou do protesto.

"Podemos dizer que foi um ato de ‘boas vindas’ ao novo presidente do banco, o espanhol Marciel Portela, para que fique claro para ele que os bancários vivem um inferno no Santander e que é necessária uma mudança de rumo. O Santander fala muito em ‘construir juntos a melhor empresa para se trabalhar’. Todos queremos isso, mas é preciso que antes o banco alie discurso e prática e dê realmente espaço para o trabalhador e respeite seus funcionários", completa.

Fonte: Seeb São Paulo

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