A 4ª edição da Marcha das Margaridas, movimento organizado por diversas entidades com o apoio da CUT, será realizada nos dias 16 e 17 de agosto, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O tema deste ano será "2011 razões para marchar por desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade". São esperadas cerca de 100 mil mulheres no encontro.

As trabalhadoras se reunirão a partir das 7h na Cidade das Margaridas, no Pavilhão do Parque da Cidade, onde deverão integrar à ala do eixo 4 – autonomia econômica, trabalho e emprego. "Vamos levar bandeiras e banners dos sindicatos e federações para demonstrar a diversidade das categorias envolvidas e também para facilitar o encontro de bancárias e bancários", afirma Deise Recoaro, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT.

A Marcha das Margaridas promete ser a maior mobilização realizada pelas mulheres trabalhadoras rurais e urbanas de todo Brasil, na luta por melhores condições de vida e de trabalho.

A Marcha, lançada em 2000 e com edições a cada três anos, está articulada nos seguintes eixos temáticos: Reforma Agrária e acesso das mulheres à terra; Soberania e segurança alimentar; Meio ambiente e agroecologia; Soberania energética; Participação, poder e democracia; Agricultura familiar, trabalho e organização produtiva; valorização do salário mínimo; saúde integral da mulher; desenvolvimento territorial.

Além da CUT, a mobilização é organizada pela Contag, Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Nordeste (MTR-NE), Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), Movimento de Mulheres da Amazônia (MMA), Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Rede de Mulheres Rurais da América Latina e do Caribe (Redelac) e Coordenação das Organizações dos Produtores Familiares do Mercosul (Cooprofam).

Margarida

No dia 12 de agosto de 1983, Margarida Maria Alves, presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande (PB), e fundadora do Centro de educação e Cultura do Trabalhador Rural, foi brutalmente assassinada, a mando de usineiros da região. Ela estava na porta de sua casa, com o marido e o filho quando foi alvejada no rosto por um tiro de pistola. O crime permanece impune.

Por sua trajetória de luta pela reforma agrária e pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, Margarida Alves tornou-se um símbolo nacional cultivado pelas mulheres e homens do campo.

Fonte: Contraf-CUT

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