O pedido tem validade imediata e a venda pode ser feita em etapas desde que envolva um máximo de 310,8 milhões de papéis -R$ 4,2 bilhões ou 8% do capital.
Nesses 8%, já estão 5% que o banco havia se comprometido a vender ao Fundo Soberano do Qatar, que adquiriu títulos conversíveis em ações da unidade brasileira. Os 3% hoje valeriam R$ 1,58 bilhão.
O Santander espanhol tem hoje 81% da filial brasileira, enquanto o mercado tem pouco mais de 17%.
Se a venda for concretizada, os espanhóis ficarão com 73% e o banco atingirá, com dois anos de antecedência, a meta de ter 25% de seu capital pulverizado na Bolsa até outubro de 2014.
Em comunicado, o banco diz que o pedido enviado à SEC não significa que o banco esteja preparando oferta pública, mas que é obrigado a fazer esse tipo de solicitação por se tratar de negócio com empresas do grupo.
"Nenhum registro perante a CVM de oferta pública de valores mobiliários no Brasil foi solicitado", disse.
O Brasil responde por 20% dos ganhos do Santander no mundo. Depois da Espanha, a filial brasileira é hoje a que mais contribui com o lucro.
Os rumores da venda, alimentados pelo relatório de um analista de banco concorrente, reduziram em 4,6% o valor dos papéis na Bovespa.
Em 2009, o Santander Brasil levantou R$ 13,2 bilhões com oferta de ações. À época, foi a maior operação já feita no país e a maior parte dos recursos foi para financiar a expansão do banco.