BNDES é o único entre todos os bancos, públicos e privados, que ainda não fechou acordo na Campanha Nacional 2022
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) agendou, para terça-feira (27), a reunião de mediação entre os representantes dos funcionários e o sistema do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que inclui as subsidiárias BNDESPAR e Finame, sobre a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2022-2024. O BNDES é o único entre todos os bancos do país, públicos e privados, que ainda não fechou acordo na Campanha Nacional.
“A direção do banco apresentou aos trabalhadores uma proposta vergonhosa, que além de não garantir o acordo feito com a Fenaban na questão financeira, impõe modificações no Plano de Saúde sem nenhum debate com o funcionalismo. Esta proposta foi rejeitada por maioria esmagadora dos empregados (98,09% dos 1.677 votos) em assembleia”, explicou o vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vinícius Assumpção, que participou das mesas com o BNDES. “Durante todo o processo de negociações, a direção do banco foi intransigente e não ouviu os trabalhadores. A Comissão dos Empregados não vai aceitar a perda de direitos históricos adquiridos”, completou.
A última mesa de negociação entre a empresa e os funcionários aconteceu no dia 8 de setembro. Quem tomou a iniciativa de encerrar o debate foi o próprio banco, anunciando que só prosseguiria com as conversas com a medição do TST. Cerca de duas semanas antes, no dia 24 de agosto, os empregados haviam rejeitado, em assembleia, a proposta do ACT feita pelos representantes da empresa.
“Em nenhum momento nós negamos encontrar soluções para os conflitos. Mas a truculência, por parte da direção do banco impediu que chegássemos a uma solução negociável. Precisamos, então, aguardar esse primeiro encontro para saber quais serão os próximos passos. Os direitos do ACT vigente continuam garantidos, enquanto perdurar a negociação”, salientou o vice-presidente da Contraf-CUT.
“Nós vamos manter a nossa proposta de incluir a criação de um Grupo de Trabalho (GT) para a discussão do plano de saúde, a renovação automática do ACT e nada menos que a adoção das cláusulas econômicas negociadas para toda a categoria com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban)”, pontuou Vinícius.
Fonte: Contraf-CUT