(São Paulo) Diversos problemas do Call Center do Real foram resolvidos na última negociação entre representantes dos trabalhadores e do banco, realizada no dia 16. O banco reconheceu algumas falhas e soluções foram encontradas para o Conjunto Nacional, um dos locais com muitas queixas dos funcionários.

A ginástica laboral, não praticada desde novembro de 2008, deve ser normalizada em breve. O banco reconheceu que neste local a atividade não deveria ter sido cortada e entrará em contato com a empresa de fisioterapia prestadora de serviços para regularizar as aulas.

Outra questão era a obrigatoriedade das horas extras diariamente, inclusive finais de semana. Os funcionários eram ameaçados de perder o emprego ou levar advertência caso se recusassem a extrapolar a jornada. Representantes do banco comprometeram-se a reorientar os gestores no Call Center do Conjunto Nacional para acabar com a pressão, de forma que os bancários só façam hora extra se puderem.

Um dos problemas mais graves era a obrigatoriedade de o funcionário pedir utorização ao supervisor para o lanche e ir ao toalete. Para o banco, isso não pode se repetir e os horários para o lanche serão organizados dentro da escala de cada um. Os gestores também serão reorientados sobre este assunto.

Pendências – Algumas pendências ainda serão discutidas com o banco. A diretora do Sindicato dos bancários de São Paulo Karina Prenholato informa os trabalhadores do Call Center que em breve haverá outra negociação com o banco e na pauta estão as seguintes reivindicações: médico do trabalho ou ambulatório médico à disposição dos trabalhadores no local, contratação dos terceirizados que trabalham no nível 1 do SAC, acabar com a migração dos funcionários do nível 2 para atender os clientes que o nível 1 atende.

"Se for preciso, o banco deve contratar mais funcionários para o nível 1 e não acumular funções para trabalhadores de outras áreas que fazem serviços diferentes e ganham salários distintos", comenta Karina, que também informa que o Real está avaliando e em breve apresentará resposta sobre a equiparação salarial para o cargo de nível 1 (atendentes do SAC).

Karina também alerta que todo o trabalho do Sindicato dos bancários de São Paulo para resolver os problemas da categoria está ligado à participação dos bancários, que devem sempre enviar suas denúncias aos dirigentes.

Fonte: SEEB – SP / Gisele Coutinho