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O PanAmericano precisou recorrer ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para receber um empréstimo de R$ 2,5 bilhões e restabelecer o equilíbrio patrimonial. Do rombo de R$ 2,5 bilhões na contabilidade da instituição financeira, cerca de R$ 2,1 bilhões são referentes a desequilíbrios do próprio banco e R$ 400 milhões relacionados à administração de cartões de crédito, disse ontem (11) o presidente do BC, Henrique Meirelles. Ele não deu detalhes sobre a fraude contábil do PanAmericano e assinalou que não é competência do BC fiscalizar o setor de cartões de crédito.
De acordo com Meirelles, o BC fez uma avaliação de todo o sistema bancário e não encontrou nenhuma instituição com problemas semelhantes aos do PanAmericano. No entanto, ressalvou, não há garantias de que não surjam, no futuro, problemas em outras instituições. O BC, afirmou, continua a investigar a situação do PanAmericano.
Polícia Federal
A Polícia Federal (PF) abriu inquérito nesta sexta-feira para para apurar a eventual prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional pelo Banco PanAmericano, cuja contabilidade apresentou um rombo de R$ 2,5 bilhões.
Serão investigados crimes como gestão fraudulenta, prestação falsa de informações aos órgãos competentes e inclusão de elementos falsos em demonstrativos contábeis.
A investigação será feita pela Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da Superintendência Regional da PF em São Paulo. A Polícia Federal informou, em nota, que o inquérito foi instaurado com base no fato relevante divulgado pelo banco e na nota do Banco Central (BC).
Fonte: Agência Brasil