O poder da solidariedade e a coragem de sair da zona de conforto e olhar com mais atenção para quem mais precisa são os sentimentos que norteiam as pessoas envolvidas no Movimento Solidário – Programa de Responsabilidade Social e Empresarial da Fenae, em parceria com as Apcefs, Integra e Wis Soluções, que, juntas, mais uma vez concluíram nova etapa do projeto no município maranhense de Belágua, transformando a realidade das famílias de dez comunidades do município. Nessa etapa estiveram presentes os diretores do Sindicato dos Bancários do Piauí (SEEBF-PI), Emiliano Coelho, Hortência Oliveira, também vice na Apcef Piauí, e a Advogada do Sindicato, Luciana Castelo Branco, além da presidente da Apcef Piauí, Glória Araújo.  O projeto possibilita que diversas famílias tornem-se protagonistas de suas vidas e transformem a realidade de pobreza a que estão submetidas devido às disparidades sociais que ainda se vê no Brasil em pleno século XXI, um país tão rico, porém mal distribuído.

O projeto que iniciou no município piauiense de Caraúbas, em 2015, após nove anos de atuação mudou a realidade local. Agora, já há quase dois anos, atende e transforma a realidade de Belágua, no Maranhão, município com 7.191 moradores, que figura entre as 100 cidades mais pobres do país, segundo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH 0,512). Dessa vez foram entregues um novo tanque para piscicultura, um aviário com 200 codornas e 8 novas hortas comunitárias em dez comunidades, algumas indígenas e quilombolas. Para Glória Araújo, presidente da Apcef Piauí, o programa vem transformando a realidade das comunidades que atende. “Foi através do Piauí que começou esse importante trabalho da Fenae. Caraúbas (PI) hoje vive com as próprias pernas. Passaram anos dando suporte e apoio e hoje lá tem indústria de panificação, industrialização de leite, fábrica de jeans. A cidade hoje é autossuficiente e o objetivo para Belágua é o mesmo”, explica Glória.

O diretor de RH do SEEBF-PI, Emiliano Coelho, também participou da primeira etapa do projeto, em janeiro, e vê os resultados transformadores. “Já nessa segunda etapa agente percebe que melhorou muito a qualidade vida das famílias atendidas. Na primeira etapa eles eram carentes inclusive da alimentação diária e hoje, com os projetos de criação de peixes, de galinha e agora com a inauguração da segunda etapa, percebemos que o projeto está dando certo e o Sindicato dos Bancários do Piauí não podia ficar de fora de acompanhar a evolução desta comunidade tão carente e vamos acompanhar até o final do projeto”, afirmou. Já a diretora de imprensa do Sindicato e vice-presidente da Apcef Piauí, Hortência Oliveira, sente orgulho de vê tanto o Sindicato, quanto a Apcef Piauí colaborarem com um projeto de tamanho impacto social. “Fiquei muito orgulhosa pela Apcef, porque é um projeto que o empregado da Caixa ajuda no dia a dia. E também pelo Sindicato dos Bancários do Piauí. É preciso e muito digno que o Sindicato se envolva cada vez mais, se espelhe nesse movimento e se envolva cada vez mais em causas que transformem a vida de quem realmente precisa de ajuda”.

Sair da zona de conforto

O Movimento Solidário da Fenae além de contribuir de forma prática com a transformação social da comunidade, é uma grande experiência de vida para os que participam do projeto. “Sair da nossa zona de conforto, de nossa realidade confortável é ver que tem muita gente carente, que temos que abrir mão do que é excesso para nós, mas que é extremamente necessário para aquela comunidade e outras também”, diz o diretor Emiliano Coellho.

Já a presidente da Apcef Piauí manifesta gratidão por fazer parte desse movimento, lembrando também que a Apcef Piauí fez campanha de arrecadação e doação de leite e chinelos para as comunidades. “A gente fica totalmente agradecida e feliz com esse tipo de ação, porque vemos num período bem curto dessa adoção, a modificação que já houve, principalmente em relação às crianças. Na primeira etapa levamos oculistas para consultar as crianças que necessitavam usar óculos, mas na verdade o problema era de desnutrição, agora já tem crianças que nem precisam mais usar óculos. A Apcef continua parceira e sempre vai apoiar esse tipo de atividade”, diz Glória Araújo.

A diretora Hortência resume o sentimento de solidariedade o projeto. “Quando eu vou pra Belágua eu volto outra pessoa, porque a gente sai da zona de conforto e presencia a realidade difícil de outras pessoas. O que mais me emociona é a gratidão. O pouco que eles têm eles buscam dividir. Isso mexe muito com a gente, é uma grande lição. No meio de tantas coisas ruins, as boas também acontecem e quando a corrente do bem se multiplica, os resultados são maiores”.