Ativistas de diversas entidade sindicais e partidos encontraram-se nesta quarta-feira (27) na Praça do Patriarca, centro de São Paulo, para alertar a sociedade contra o risco de retrocesso e manifestar apoio à candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República. Com uma imensa maioria de mulheres, a passeata tomou ruas próximas à praça e caminhou pela região.
Organizado pelo comitê "Somos todas Dilma", o ato destacou a liderança de mulheres de diferentes partidos que compõem a coligação de apoio à candidata governista. Marta Suplicy (PT), ex-prefeita de São Paulo e senadora eleita pelo estado, Maria Elvira e Jandira Feghali, ambas deputadas federais eleitas por PMDB e PCdoB, respectivamente, foram citadas.
Marta Suplicy destacou a importância das manifestações em favor da Dilma e das mulheres. Para a senadora esse momento é muito importante, e as mulheres sempre tiveram que lutar bastante para chegar ao poder. "Simbolicamente, a passeata mostra que nós, mulheres, estamos contentes, orgulhosas e esperançosas pela diferença que uma mulher vai fazer comandando o país", aposta.
Diversos jingles da campanha da candidata do Partido do Trabalhadores foram executados no carro de som durante a caminhada, inclusive "Dilma Lá", uma paródia de "Lula Lá", forte marca da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 1989. Manifestantes entoaram palavras de ordem, como "Dilma sim, Dilma sim, porque eu não penso só em mim".
Durante o percurso, representantes do movimento falaram do alto do carro de som, entre elas Lídia Correia da Silva, do Partido Pátria Livre, e Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região
Ambas defenderam a importância da continuidade do governo com a eleição da candidata petista, destacando como o regresso a mais um governo tucano prejudicaria o atual crescimento do país. "Nós mulheres não queremos o retrocesso, não queremos mais o tempo da terrível privatização, da quebradeira da indústria", disse Lídia Correia.
Juvandia lembrou do papel fundamental das políticas de Lula para impedir que o Brasil fosse afetado pela crise econômica mundial, desencadeada nos Estados Unidos em 2008. Ela destacou o papel das grandes empresas de pratrimônio público, principalmente os bancos, na hora de manter a estabilidade financeira durantes os períodos mais preocupantes.
"Precisamos de continuidade deste governo, das políticas de inclusão social e desenvolvimento econômico que o Governo Lula iniciou. Já como candidata Dilma vem rompendo com o paradigmas. Nós, mulheres trabalhadoras, estamos com Dilma", declarou.
A secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Deise Recoaro, também participou da caminhada e destaca a importância da mulher na política. "Sem dúvida é motivo de orgulho para nós eleger a primeira mulher presidente do país. Porém, não basta ser mulher para receber nosso apoio, tem que ser uma mulher comprometida com um projeto de inclusão social, de distribuição de renda e com um crescimento sustentável, como tem mostrado o governo Lula", ressaltou.
Fonte: Rede Brasil Atual