> Leia a íntegra da Declaração Universal dos Direitos Humanos
Naquele dia, uma sexta-feira, representantes dos 52 países presentes à assembléia aprovaram a declaração. Foram 44 a favor, dentre eles o Brasil, e oito abstenções. Nenhum membro presente votou contra. Além do Brasil, votaram a favor Burma, Canadá, Chile, China, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Dinamarca, República Dominicana, Equador, Egito, El Salvador, Etiópia, França, Grécia, Guatemala, Haiti, Islândia, Índia, Irã, Iraque, Líbano, Libéria, Luxemburgo, México, Holanda, Nova Zelândia, Nicarágua, Noruega, Paquistão, Panamá, Paraguai, Peru, Filipinas, Sião, Suécia, Síria, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos, Uruguai, Venezuela, Afeganistão, Argentina, Austrália, Bélgica e Bolívia. Abstiveram-se Bielorússia, União Soviética, Tchecoslováquia, Polônia, Arábia Saudita, Ucrânia, Iugoslávia e África do Sul.
O documento foi o primeiro reconhecimento internacional de que todos os seres humanos têm direitos fundamentais e liberdade. Os países signatários se comprometeram ainda em fazer a Declaração “ser disseminada, apresentada, lida e explicada principalmente em escolas e outras instituições educacionais, sem distinção por conta de sistema político dos países ou territórios”. Atualmente já foi traduzido para mais de 360 idiomas.
Segundo a ONU, “a Declaração representa um contrato entre o governo e seu povo, que tem o direito de exigir que este documento seja respeitado. Nem todos os governos se tornaram parte de todos os tratados sobre direitos humanos. Todos os países, entretanto, aceitaram a UDHR (sigla em inglês para Declaração Universal dos Direitos Humanos). A Declaração continua a afirmar a inerente dignidade humana e é válida para todas as pessoas no mundo, se qualquer tipo de distinção”.