Na Paraíba, Caixa massacra seus empregados após a greve

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A Caixa Econômica Federal, sob o argumento que pretendia garantir a qualidade do atendimento em suas unidades, aumentou o expediente ao público em uma hora e está exigindo dos seus empregados a extrapolação da jornada de trabalho em até quatro horas diárias.

Coincidentemente, tudo isso após o fim da greve dos bancários. A ampliação do horário de atendimento ao público é mais uma exploração para o trabalhador bancário, que também está sendo forçado a extrapolar as duas horas extraordinárias permitidas pela legislação trabalhista.

 

Para a diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba, ao massacrar os bancários em nome da qualidade do atendimento, após a greve, a direção da Caixa não está agindo com a seriedade que deveria adotar para resolver o problema do atendimento ao público. “Em vez de soltar circulares oportunistas, com falsos pressupostos que propiciam o aumento da pressão e da prática do assédio moral, a instituição financeira pública deveria contratar mais empregados e estimular o seu corpo funcional a prestar o atendimento que a sociedade merece; isso, todos os dias do ano e não apenas após uma greve”, ressaltou Marcos Henriques, presidente da Entidade.

 

A diretoria da Entidade também considerou a retaliação contra os grevistas como uma atitude antissindical, mesquinha e inoportuna. “O movimento dos bancários foi legal e agora o momento requer o restabelecimento do bom clima organizacional e a paz nas unidades de trabalho do banco público que provocou a greve, através da intransigência de sua diretoria com a conivência do Governo Federal”, concluiu Marcos.

 

As medidas arbitrárias que a Caixa vem tomando, antes mesmo da assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho e do Acordo Aditivo, não devem ser seguidas pelos empregados. Os bancários vão repor os dias parados, dentro do que foi pactuado, mas as horas extraordinárias trabalhadas antes da assinatura do acordo devem ser pagas. E os administradores não devem permitir que um funcionário trabalhe usando a matrícula e a senha de outro, sob pena de serem responsabilizados por essa atitude antiética.

 

A compensação de horas, por conta da greve, deve ser pactuada entre o empregado e o gestor da unidade de trabalho. E deve ser feita de forma racional, contemplando a necessidade do serviço e, sobretudo, a disponibilidade e a anuência do bancário. O acordo deve se dar em clima amistoso, sem pressão e sem ameaças.

 

O que for exigido do empregado fora do que foi acordado durante a Campanha Nacional dos Bancários deve ser denunciado ao Sindicato dos Bancários da Paraíba, através da página na Internet – www.bancariospb.com.br / sindicato@bancariospb.com.br – ou pelo telefone (83) 3224-2054.

 

A propósito, a diretoria do Sindicato protocolou denúncias recebidas dos empregados da Caixa Econômica Federal na Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego na Paraíba, cobrando as providências cabíveis.

 

Portanto, companheir@, denuncie… Não se deixe explorar!

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