Mesmo depois de longo intervalo desde a última reunião, financeiras insistem em proposta muito aquém do anseio da categoria
Mesmo depois de tanto tempo sem negociação, a Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi) insiste numa proposta muito abaixo das aspirações da categoria. A reunião da manhã desta quinta-feira (22), só aconteceu depois da cobrança, na segunda-feira (19), da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), para dar continuidade às negociações da Campanha Nacional 2022.
A pauta de reivindicações da categoria, com data-base em 1º de junho, foi entregue no dia 15 de junho. De lá para cá, apenas uma reunião foi realizada, no dia 31 de agosto, na qual os financiários receberam uma proposta de 8% de reajuste nos itens econômicos, para o próximo período de um ano. A categoria exige um índice maior, próximo do INPC do período, que é de 11,9%, bem como um acordo que englobe um período de mais 12 meses.
Entretanto, a Fenacrefi ofereceu uma proposta de reajuste de 8,5% para salários e outros itens econômicos da Convenção; 9% para os vales alimentação e refeição e reajuste linear pelo INPC em 2023.
“Nós queremos encerrar a campanha em breve, mas precisamos que os anseios dos trabalhadores sejam atendidos. Não temos como aceitar uma proposta tão baixa como esta, por isso já negamos em mesa”, explicou o dirigente sindical e coordenador do Coletivo dos Financiários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Jair Alves. “Esperamos que as negociações sejam retomadas de vez, com intervalos menores entre as reuniões, para que possamos chegar a um resultado melhor para a categoria”, completou.
A categoria quer a manutenção de todos os direitos previstos na atual Convenção Coletiva de Trabalho, avançar com a regulamentação do teletrabalho e melhorias nas questões de saúde, como aumento do prazo de extensão do plano aos demitidos e cláusulas específicas sobre tratamento da covid e suas sequelas. Os representantes dos financiários também pedem transparência nos dados das empresas, quantas são e qual o número de funcionários, para que as negociações possam ser mais representativas, para atender de fato às necessidades da categoria.
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Fonte: Contraf-CUT