A primeira rodada de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) será realizada na terça e quarta-feira que vem, dias 30 e 31 de agosto, sobre emprego e reivindicações sociais, em São Paulo. A data foi agendada nesta segunda-feira, dia 22, exatamente dez dias depois da entrega da pauta de reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários.

Também foram agendadas mais duas rodadas. A segunda acontecerá nos dias 5 e 6 de setembro, envolvendo saúde e condições de trabalho, e a terceira, no dia 13 de setembro, sobre remuneração.

Confira o calendário de negociações:

1ª rodada: 30 e 31 de agosto – emprego e reivindicações sociais
2ª rodada: 5 e 6 de setembro – saúde e condições de trabalho
3ª rodada: 13 de setembro – remuneração

Reunião do Comando Nacional

O Comando Nacional se reunirá na próxima segunda-feira, dia 29 de agosto, às 15 horas, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, para preparar o início das negociações com a Fenaban.

Intensificar a mobilização

A história de luta dos bancários revela que negociação só anda com mobilização. Para tanto, os sindicatos devem intensificar o lançamento da Campanha Nacional em todo país, chamando a categoria, os clientes e a sociedade.

"Vamos combinar mobilização e negociação, a fim de mostrar aos bancos a importância de atender as reivindicações da categoria, aprovadas na 13ª Conferência Nacional dos Bancários. Queremos emprego decente com aumento real, proteção contra demissões imotivadas, fim das metas abusivas e do assédio moral, segurança contra assaltos, igualdade de oportunidades e aposentadoria digna", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

Os bancários reivindicam reajuste salarial de 12,8% (aumento real de 5% mais reposição da inflação projetada em 7,5%), PLR de três salários mais R$ 4.500, piso do Dieese (R$ 2.297,51 em junho), plano de cargos e salários para todos, mais contratações, fim da rotatividade, reversão das terceirizações e banco para todos, sem exclusão e sem precarização, dentre outras demandas.

Para Carlos Cordeiro, o Brasil vive um momento de crescimento econômico, reconhecimento internacional e já é sétima maior economia mundial. "Mas infelizmente o país está ainda entre as dez piores distribuições de renda do mundo. O sistema financeiro, que lucrou mais de R$ 23 bilhões no primeiro semestre deste ano, precisa fazer a sua parte e ajudar o país a transformar o crescimento econômico em desenvolvimento, com distribuição de renda", enfatizou.

"Precisamos realizar uma grande mobilização nacional para continuar avançando, a fim de incluir novas conquistas na convenção coletiva dos bancários", apontou o presidente da Contraf-CUT.

Principais reivindicações

Reajuste Salarial
12,8% (5% de aumento real mais a inflação projetada de 7,5%)

PLR – Três salários mais R$ 4.500

Pisos
Portaria – R$ 1.608,26
Escritório – R$ 2.297,51
Caixa – R$ 3.101,64
1º Comissionado – R$ 3.905,77
1º Gerente – R$ 5.169,40

Vales Alimentação e Refeição e auxílio-creche/babá – R$ 545 cada

PCCS – Plano de Cargos, Carreiras e Salários

Auxílio-educação – pagamento para graduação e pós

Emprego
Ampliação das contratações
Fim da rotatividade
Combate às terceirizações
Garantia contra dispensas imotivadas (Convenção 158 da OIT)
Banco para todos, sem precarização

Outras prioridades
Cumprimento da jornada de 6 horas
Fim das metas abusivas
Combate ao assédio moral e à violência organizacional
Segurança contra assaltos e adicional de 30% de risco de morte
Previdência complementar para todos os trabalhadores
Contratação da remuneração total
Igualdade de oportunidades

Fonte: Contraf-CUT