O Sindicato dos Bancários da Paraíba repudia o julgamento da ação da justiça de Santa Catarina no caso do estupro de Mariana Ferrer, que foi humilhada durante a audiência que o promotor pediu a absolvição do acusado.

O Brasil tem se tornado em um dos piores países para mulheres e meninas. A cada 11 minutos uma mulher sofre estupro e 30% das vítimas são menores de 13 anos de idade. Realidade essa reforçada por instituições que deveriam combater a violência e proteger as vítimas.

Exemplo disso é a vergonhosa decisão da Justiça de Santa Catarina que por meio do Juiz Rudson Marcos e do promotor Thiago Carriço, ao julgar o caso de estupro de Mariana Ferrer, optaram por não cumprir a Lei e absolver  o estuprador, numa tentativa de tornar a vítima em ré.

As ações para inibição da vítima durante o processo, por meio do advogado Claudio Gastão, deixaram claro como as vítimas de violência são tratadas pela sociedade machista e patriarcal, representada por homens brancos, ricos que culpam as mulheres e meninas, por suas atrocidades, a exemplo do empresário André de Camargo Aranha.

Campanha

Esse vergonhoso julgamento –  se é que se pode chamar de julgamento uma audiência em que a omissão do magistrado deixa o advogado do acusado à vontade para  linchar moral e psicologicamente a vítima e o promotor pede a absolvição do estuprador –  ocorreu no início deste mês de novembro, quando a luta contra a violência à mulher será tema de uma campanha desenvolvida pela Secretaria de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e, naturalmente, encampada pelo Sindicato dos Bancários da Paraíba. As atividades culminam no dia 25, o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher.

Começamos a Campanha de Combate à Violência Contra a Mulher repudiando essa injustiça e exigindo que a Justiça seja feita em toda a sua plenitude, com a aplicação dos rigores da Lei e a punição exemplar do estuprador André de Camargo Aranha e dos envolvidos nesse vergonhoso julgamento, bem como a reparação às injustiças cometidas contra Mariana Ferrer.

Até quando ficaremos clamando por justiça? Até quando a mulher vítima de violência será julgada por seus algozes? Por que não são julgados os estupradores, mas as vítimas? Até quando mulheres e meninas serão vítimas de homens brancos e ricos que usam do dinheiro para perpetuar suas violências e injustiças? Até quando mulheres e meninas serão vítimas da impunidade?

Exigimos Justiça para Mariana e todas as mulheres e meninas do Brasil!

Sindicato dos Bancários da Paraíba
A diretoria