1. A pauta de reivindicações foi entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no dia 11 de agosto. Mas em cinco rodadas de negociações (entre 24 de agosto e 22 de setembro), os bancos rejeitaram uma a uma todas as reivindicações da categoria sobre remuneração, emprego, saúde, condições de trabalho e segurança.
3. Dessa forma, os bancos desconsideraram nossa reivindicação de 11% de reajuste e rejeitaram as demandas por melhoria na Participação dos Lucros e Resultados (PLR), valorização dos pisos salariais, adoção de medidas de proteção da saúde focadas no combate ao assédio moral e às metas abusivas, mais segurança para trabalhadores e clientes nas agências, garantia de emprego, mais contratações e igualdade de oportunidades para acabar com as discriminações contra mulheres, negros e pessoas com deficiência.
4. Mesmo com a recusa, no dia 23 o Comando Nacional enviou carta à Fenaban solicitando que os bancos apresentassem até o dia 27 nova proposta que contemplasse as expectativas dos bancários, para que pudesse ser apreciada nas assembleias do dia seguinte. Mas a Fenaban sequer respondeu a carta.
5. Essa intransigência é incompatível com a situação privilegiada dos bancos. O lucro líquido apenas dos cinco maiores (BB, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Caixa) somou R$ 21,3 bilhões no primeiro semestre. É um crescimento do lucro líquido de 32% na média em relação ao mesmo período do ano anterior.
6. Os bancários continuam abertos à negociação e aguardam uma proposta dos bancos.
Carlos Cordeiro
Presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários
Fonte: Contraf-CUT