O objetivo da medida, segundo o BC, é contribuir para a redução dos casos de furtos e roubos a caixas eletrônicos, ao dificultar a circulação de notas roubadas ou furtadas.
As notas danificadas por dispositivos antifurto apresentam "marca densa e de cor rósea". Essa mancha pode cobrir um pedaço grande da cédula ou apenas a lateral.
Quem receber uma cédula dessas deve levá-la ao banco para que a nota seja encaminhada ao BC para investigação. O dinheiro só será trocado se o BC verificar que a mancha não é proveniente de dispositivo antifurto. Caso contrário, não haverá ressarcimento.
No caso de saque em terminal eletrônico, a pessoa que se deparar com uma cédula marcada deve retirar um extrato imediatamente para comprovar o saque e se dirigir ao banco para fazer a reclamação.
Se a questão não for resolvida, ou se o saque for feito fora do expediente bancário, o cidadão deve registrar um boletim de ocorrência e apresentar os documentos à instituição financeira assim que possível para receber uma nota válida, segundo o BC.
A norma do BC só prevê ressarcimento para os bancos. Quando o dinheiro for marcado por acidente ou em caso de roubo frustrado, em que o dinheiro foi deixado próximo ao caixa, por exemplo, o BC vai ressarcir o banco, descontando o custo de produção e análise. Esse valor ainda será fixado.
Segundo Altamir, esse mecanismo de proteção é utilizado em vários países, como Inglaterra, EUA e Chile.
Ao entregar a nota para investigação, o cidadão deve apresentar ao banco CPF, documento de identidade com foto e endereço.
ROUBOS
Há uma onda de ataques com explosivos a caixas eletrônicos em São Paulo. Houve 77 ataques em 2011, feitos segundo a polícia por quatro gangues. Dos cerca de 100 bandidos que as integram, afirma a investigação, 26 são policiais militares.
Ontem, a polícia prendeu sete suspeitos de integrar a quadrilha – entre eles, quatro PMs e um ex-PM. Segundo a polícia, os dois chefes do grupo foram presos: o soldado João Paulo Vitorino de Oliveira e André Luiz Gejuiba Leite, o Andrezinho.
Fonte: Folha de São Paulo / Eduardo Cucolo