Foto: Beto Barata / Presidência da República
São Paulo – O Brasil precisa de eleições diretas gerais e isso é urgente. Diante das gravações que envolvem em pagamento e cobrança de propina Michel Temer, feitas por empresários da JBS, o Sindicato defende não só o afastamento do político como a realização imediata de eleições para definir a Presidência da República, a Câmara de Deputados e o Senado Federal.
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Além disso, o Sindicato cobra a suspensão de todas as medidas e reformas feitas durante essa gestão. “Já dizíamos que, por ser ilegítimo, esse governo não tinha direito de alterar normas da Constituição que mudam a forma de funcionamento da sociedade brasileira, do mundo do trabalho. Agora estão comprovados os interesses por trás de todas essas “reformas”, que na realidade significam o desmonte de direitos e de instituições públicas atendendo a interesses de setores privilegiados contra a grande maioria do povo brasileiro”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.
“Após tirar Dilma da Presidência da República, Temer se articulou entre os partidos da base aliada para acabar com a Previdência, a saúde e a educação públicas, retirar direitos dos trabalhadores. Atendendo a interesses de grupos como bancos e grandes empresas que ganhariam muito com esse desmonte das empresas públicas e inclusive sugeriram emendas nas reformas. Foi um jogo pesado em que muito dinheiro público estava sendo comprometido a favor dessas mudanças”, ressalta a dirigente. “Por isso, a saída de Temer deve significar também a queda de toda a equipe e dessa agenda de retirada de direitos e prejuízo ao Brasil. O Brasil não pode ser um país para poucos. Somos mais de 200 milhões e o governo precisa ser para todos.”
União pelo Brasil – A Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo convocam a população para construir atos e manifestações em todas as capitais do Brasil para exigir a saída do presidente Michel Temer e eleições diretas.
Nesta quinta-feira 19, na sede da CUT em São Paulo, representantes das Frentes irão se reunir para definir o formato da manifestação nacional no domingo 21.e o reforço para a Marcha a Brasília no dia 24. A Marcha, convocada pela CUT e demais centrais sindicais, é uma prioridade do movimento sindical diante do novo cenário na política nacional após as denúncias contra Temer.
Segundo o presidente da CUT, Vagner Freitas, para propor reformas tão drásticas e nefastas no mercado de trabalho e na aposentadoria dos brasileiros, é preciso ter no mínimo condição política e moral, coisa que o grampo que o dono da JBS Joesly Batista comprovou, Temer não tem. “No dia 24 vamos exigir a interrupção imediata da tramitação das reformas (desmontes) da Previdência e Trabalhista, que acabam com a aposentadoria e com a CLT”, disse Vagner, que complementou: “Um governo golpista e sua base de apoio não têm nenhuma condição moral de defendê-las”.
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Em nota, a CUT reforça que “as provas de corrupção e suborno envolvendo diretamente o golpista Michel Temer numa operação com a JBS para calar o ex-deputado Eduardo Cunha, comprovam que Temer não tem nenhuma condição de continuar na Presidência da República. Só o voto popular pode resolver essa imensa crise política, resgatar a democracia e credibilidade na principal instituição brasileira. Qualquer outra saída será golpe dentro do próprio golpe”.