‘O Capital’ expõe o lado sombrio do capitalismo financeiro

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O Capital (Le capital, França, 2012, 113 minutos, 14 anos), é o novo filme de Costa-Gravas, mestre do cinema político

Suspense, que retrata as ambições de um jovem executivo, é o novo filme de Costa-Gavras, mestre do cinema político – Em suas grandes realizações Costa-Gavras não deixa o espectador respirar, tamanho o ritmo e a intensidade da história. Assim ele verter para o cinema a atmosfera opressora de regimes de exceção – um golpe militar na Grécia em Z (1968), a ditadura uruguaia em Estado de Sítio (1972), a chilena em Missing (1982) ou as ligações entre o Vaticano e a Alemanha Nazista em Amén (2002). 

Pelo que lê-se acerca de O Capital, nova produção do octogenário diretor grego, parece que ele preserva o estilo. O título de clássico marxista já dá a deixa sobre o tema: o frio universo do capital financeiro, mundo de que de certo modo ele tratou no um tanto insosso O Corte (2005).

Em O Capital, vemos esse mundo feroz pelo jovem a ambicioso executivo Marc Tourneuil, que se torna o CEO de um grande banco. Ele trava luta contra o conselho de diretores quando começa a ter controle unilateral do poder, demitindo funcionários e fechando um acordo corrupto com um fundo de investimentos americano.

 
Bem a seu estilo, e ao de muitos de seus filmes, o diretor disse em entrevista à Agência Reuters que “temos um novo tipo de ditadura”, obviamente se referindo ao capitalismo financeiro. Seja retratando ditaduras, seja filmando a especulação financeira, Costa-Gavras continua mirando um único tema: a injustiça social. 
 
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