Cavalcante alega que o governador estaria realizando manobras para impedir o andamento dos pedidos de impeachment na Câmara Legislativa. O presidente da OAB afirma ainda que é "inequívoca" a tentativa do governador em subornar o jornalista Edson Sombra, testemunha na investigação sobre o suposto esquema.
"Tais evidências são claras no que tange às tentativas de obstrução das investigações e cooptação de testemunhas por parte do governador, de modo que é fundamental que essa Procuradoria-Geral da República avalie a possibilidade de requestar o afastamento cautelar do governador para regular instrução processual, na forma do art. 20 da Lei 8429/92, ou mesmo sua prisão preventiva", diz o ofício.
Ainda de acordo com o documento, a continuidade de Arruda no cargo "poderá ensejar dano efetivo à instrução processual, já que essa e outras testemunhas poderão ‘deixar de se recordar’ de detalhes sobre o caso e, outros, ainda, poderão ‘sensibilizar-se’ com a situação por eles vivida, a ensejar reflexos em seus depoimentos, cujas situações, por óbvio, será catalisada com a manutenção do governador e demais envolvidos em seus cargos públicos".
A OAB ajuizou ação pedindo indisponibilidade dos bens de Arruda, dos oito deputados distritais e dois suplentes acusados de envolvimento no suposto esquema de pagamento de propina.
Fonte: Agência Brasil / Carolina Pimentel