O risco de câncer de mama aumenta com a idade na população feminina, mas outras variáveis podem causar a doença. Entre elas, a obesidade e o sedentarismo, segundo a médica Ana Ramalho, chefe da Divisão de Ações de Detecção Precoce do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Para prevenir a doença, alertou ela, as brasileiras devem ter uma alimentação balanceada e atividade física. "A alimentação pode reduzir em até 30% o número de casos de câncer", explicou.

Evitar a obesidade e a reposição hormonal sem acompanhamento médico são outras recomendações dadas pela especialista. As mulheres com filhos devem também manter uma amamentação mais prolongada para diminuir o risco de câncer de mama. A amamentação no peito deve ser exclusiva até os 6 meses de idade do bebê, estendendo-se até os 2 anos, conjugada à alimentação normal.

O Inca estima que 49.240 mulheres terão incidência de câncer de mama em 2010 no Brasil. Esse tipo de câncer é o que mais mata mulheres no país. A taxa de mortalidade em 2007, que é o último registro do Inca, foi de 11,1 óbitos por 100 mil mulheres, o que corresponde a 11.060 óbitos devido ao câncer de mama.

Ana Ramalho esclareceu que embora o percentual de mulheres que fizeram exames de mamografia tenha se elevado no país entre 2003 e 2008, de 42,5% para 54,8%, de acordo com dados divulgados ontem (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), isso não contribui para diminuir a incidência de casos. A mamografia não é uma prevenção.

A detecção precoce pode ser feita por meio do autoexame das mamas. Outra estratégia é fazer exames clínicos anuais a partir dos 40 anos. A partir dos 50 anos, deve-se realizar mamografias a cada dois anos.

Fonte: Alana Gandra – Agência Brasil

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