A oferta de ações do Banco do Brasil no mercado movimentou R$ 9,76 bilhões, segundo dados enviados pela instituição à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Com a operação, o BB avançou em seus planos de recompor sua base de capital e de se expandir no exterior.

O preço da ação na oferta pública do banco ficou em R$ 24,65. A operação previa a venda de 396 milhões de papéis, sendo 286 milhões na oferta primária e 110 milhões na oferta secundária.

Na chamada oferta primária (emissão de ações ainda não existentes), a venda somou R$ 7,05 bilhões, que vão reforçar o capital do banco.

Outros R$ 2,71 bilhões, referentes à oferta secundária (venda de ações já existentes, de posse dos controladores), vão para os acionistas vendedores na operação, entre eles o BNDESPar (braço de participações do BNDES).

Mesmo em uma semana de turbulência nos mercados, a operação ficou dentro da expectativa da instituição, que era arrecadar entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões.

Os papéis foram oferecidos tanto para investidores de varejo (que podem comprar entre R$ 1.000 e R$ 300 mil) como para os institucionais (a partir de R$ 300 mil).

Parte da demanda pelos papéis foi garantida com o compromisso de compra de 62,5 milhões de ações por parte do Fundo Soberano do Brasil. O governo também injetará recursos do Tesouro para que a participação da União não seja reduzida.

Além disso, a Previ (fundo de pensão dos funcionários do BB) anunciou que compraria ações suficientes na oferta de modo a manter participação de 10,4% no banco.

Com a capitalização, o BB pretende continuar com a estratégia de aumento de concessão de crédito sem comprometer sua solvência.
No ano passado, em que a economia ficou estagnada, o BB incrementou em 33,8% a oferta de crédito. Para este ano, o banco anunciou objetivo de expansão de até 23%.

A busca de recursos no mercado evitará que o índice de Basileia -que mede a relação entre o capital e o volume de empréstimos- caia para patamares considerados arriscados. O índice do BB está em cerca de 13%, pouco acima do piso de 11% exigido pelo Banco Central.

Fonte: Folha de São Paulo, com Reuters

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